Remédios do mato: uma farmácia feita de plantas, raízes e fé na natureza

Durante muito tempo, os kalunga, quilombolas do estado de Goiás, viveram sem médicos nem farmácias, confiando apenas nos “remédios do mato”. Hoje, as crianças já nascem no hospital, mas muita gente continua a confiar nos saberes dos raizeiros.

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Dani Fernandes/Fotografiadeluxo

Quando Zé Preto estava para nascer, uma mulher que estava envolvida com o pai “fez uma macumba” para que a mãe dele não ganhasse o menino. “Ficou cinco dias sem me poder ganhar”, conta. Finalmente, ele nasceu, mas a mãe, com medo, não queria cortar o cordão umbilical. “Pôs-me em cima da cama, olhava para mim, diz que de vez em quando eu mexia um pouco, ela pediu para Deus me dar vida para eu poder ajudar quem precisasse.”

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Quando Zé Preto estava para nascer, uma mulher que estava envolvida com o pai “fez uma macumba” para que a mãe dele não ganhasse o menino. “Ficou cinco dias sem me poder ganhar”, conta. Finalmente, ele nasceu, mas a mãe, com medo, não queria cortar o cordão umbilical. “Pôs-me em cima da cama, olhava para mim, diz que de vez em quando eu mexia um pouco, ela pediu para Deus me dar vida para eu poder ajudar quem precisasse.”