É possível a meritocracia?

Políticos, comentadores e empresários associam com frequência o sucesso individual ao trabalho árduo e às qualidades pessoais. Mas a meritocracia recompensa mais vezes pessoas medianas com sorte.

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Os Comedores de Batata (1885), de Vincent van Gogh

Meritocracia significa literalmente “poder do mérito”. A palavra tornou-se popular a partir de 1958 com a publicação do livro The Rise of the Meritocracy (A Ascensão da Meritocracia) do sociólogo britânico Michael Young, que curiosamente a usava num sentido pejorativo (criticava uma nova estratificação social que num futuro distópico substituiria as tradicionais classes sociais). Mas no final do século XX a meritocracia assume uma conotação positiva, como um efectivo contraponto à aristocracia. Baseia-se na ideia de que o sucesso individual se deve principalmente às qualidades pessoais e ao trabalho. E para a sociedade, recompensar concretizações individuais deve garantir que aqueles que atingem posições de grande responsabilidade são efectivamente os melhores.

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Meritocracia significa literalmente “poder do mérito”. A palavra tornou-se popular a partir de 1958 com a publicação do livro The Rise of the Meritocracy (A Ascensão da Meritocracia) do sociólogo britânico Michael Young, que curiosamente a usava num sentido pejorativo (criticava uma nova estratificação social que num futuro distópico substituiria as tradicionais classes sociais). Mas no final do século XX a meritocracia assume uma conotação positiva, como um efectivo contraponto à aristocracia. Baseia-se na ideia de que o sucesso individual se deve principalmente às qualidades pessoais e ao trabalho. E para a sociedade, recompensar concretizações individuais deve garantir que aqueles que atingem posições de grande responsabilidade são efectivamente os melhores.