Olafur Eliasson: “Devemos pedir ao futuro que nos guie”

Num mundo em que o sector privado está focado no lucro e a política está nas mãos do populismo, a cultura é o último bastião da “confiança cívica”, defende o artista dinamarquês-islandês, que esta quarta-feira inaugura em Serralves a exposição Y/our future is now.

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Olafur Eliasson espalhou toros de madeira pelo Parque de Serralves e chamou-lhes Serralves Driftwood ADRIANO MIRANDA

Radicado em Berlim, onde gere uma vasta equipa multidisciplinar, Olafur Eliasson, de quem o Museu de Arte Contemporânea de Serralves inaugura esta quarta-feira a exposição Y/our future is now (O teu/nosso futuro é agora), é indiscutivelmente uma das grandes estrelas internacionais do mundo da arte, conhecido pelas suas gigantescas e sofisticadas peças de arte imersiva, que cruzam arte, ciência e tecnologia e que atraem multidões em todo o mundo. Mas é também o empenhado activista que concebeu o projecto Little Sun para levar lâmpadas alimentadas a energia solar (com o formato de uma flor amarela etíope) a comunidades sem acesso a electricidade, que chamou a atenção para a poluição lançando em rios de vários continentes uma substância que, embora inócua, replica o efeito visual das descargas poluentes, e que levou blocos de gelo da Gronelândia para Londres, deixando-os a derreter em locais públicos para oferecer uma imagem concreta das consequências das alterações climáticas.

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Radicado em Berlim, onde gere uma vasta equipa multidisciplinar, Olafur Eliasson, de quem o Museu de Arte Contemporânea de Serralves inaugura esta quarta-feira a exposição Y/our future is now (O teu/nosso futuro é agora), é indiscutivelmente uma das grandes estrelas internacionais do mundo da arte, conhecido pelas suas gigantescas e sofisticadas peças de arte imersiva, que cruzam arte, ciência e tecnologia e que atraem multidões em todo o mundo. Mas é também o empenhado activista que concebeu o projecto Little Sun para levar lâmpadas alimentadas a energia solar (com o formato de uma flor amarela etíope) a comunidades sem acesso a electricidade, que chamou a atenção para a poluição lançando em rios de vários continentes uma substância que, embora inócua, replica o efeito visual das descargas poluentes, e que levou blocos de gelo da Gronelândia para Londres, deixando-os a derreter em locais públicos para oferecer uma imagem concreta das consequências das alterações climáticas.