Renata Souza: “Quem banaliza a violência é quem está fora da favela”

Deputada estadual pelo Rio de Janeiro critica a a “lógica de guerra” que domina as políticas de segurança pública no Brasil. A carta branca para a polícia matar dada pelo governador Wilson Witzel levou-a a apresentar uma denúncia na ONU.

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Renata Souza é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Daniel Rocha/PÚBLICO

Renata Souza, 36 anos, cresceu, e mantém casa, no Complexo da Maré, uma das favelas que há anos serve como palco do confronto entre facções criminosas e as forças policiais. A “militarização” da vida na sua comunidade serviu-lhe de tema para o doutoramento, há mais de uma década, e desde então dedicou-se ao activismo, com os direitos humanos como Norte. Foi assessora da vereadora Marielle Franco, assassinada no ano passado, e cumpre o seu primeiro mandato como deputada estadual pelo Rio de Janeiro, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). O mesmo estado cujo governador partilha voos de helicóptero com snipers a sobrevoar favelas como a sua.

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