O tambor e o tempo

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O que me passa pela cabeça? A resposta mais honesta será talvez, como com a maioria de vós: demasiada coisa. O cérebro vertido em tambor de máquina de lavar que rola e rola, pesado e barulhento, com demasiada roupa, factos empapados, memórias encardidas pelo uso, tecidos emocionais já meio esburacados. Passo em revista mental e apressada aquilo que me passou pela cachimónia nas últimas semanas e começo a desfiar o novelo: as mortes repetidas de Natasha Lyonne na série Russian Doll, a prosa dorida de James Baldwin, o regresso da voz doce de Mark Cousins na sua carta de amor a Orson Welles, aquele enterro vazio de Gatsby a rimar com o cruzeiro de amigos que temos a bordo nas redes sociais, o corpo honesto e destruído de Stallone em Cannes, os ensinamentos de Siddhartha...

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O que me passa pela cabeça? A resposta mais honesta será talvez, como com a maioria de vós: demasiada coisa. O cérebro vertido em tambor de máquina de lavar que rola e rola, pesado e barulhento, com demasiada roupa, factos empapados, memórias encardidas pelo uso, tecidos emocionais já meio esburacados. Passo em revista mental e apressada aquilo que me passou pela cachimónia nas últimas semanas e começo a desfiar o novelo: as mortes repetidas de Natasha Lyonne na série Russian Doll, a prosa dorida de James Baldwin, o regresso da voz doce de Mark Cousins na sua carta de amor a Orson Welles, aquele enterro vazio de Gatsby a rimar com o cruzeiro de amigos que temos a bordo nas redes sociais, o corpo honesto e destruído de Stallone em Cannes, os ensinamentos de Siddhartha...