Fidalguia sem maquia

O que vemos com Berardo e o BCP e a Caixa Geral de Depósitos é uma caricatura do capitalismo português. Sem maquia, vive de jogadas, de jogos de influência e do apoio implícito ou explícito do poder político.

O capitalismo português faz-me lembrar um dizer que ouvia na terra da minha mãe: “fidalguia sem maquia é gaita que não assobia.” Lembrei-me desta variação do ditado popular ao ver as jogadas que se fizeram para tomar o controlo do BCP. Como os capitalistas disponíveis não tinham dinheiro com que comprar o banco, encontrou-se, com o beneplácito político, forma de financiar a compra à custa de empréstimos da Caixa. E, se tudo corresse bem, o BCP geraria os rendimentos necessários para pagar o empréstimo com que tinha sido comprado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O capitalismo português faz-me lembrar um dizer que ouvia na terra da minha mãe: “fidalguia sem maquia é gaita que não assobia.” Lembrei-me desta variação do ditado popular ao ver as jogadas que se fizeram para tomar o controlo do BCP. Como os capitalistas disponíveis não tinham dinheiro com que comprar o banco, encontrou-se, com o beneplácito político, forma de financiar a compra à custa de empréstimos da Caixa. E, se tudo corresse bem, o BCP geraria os rendimentos necessários para pagar o empréstimo com que tinha sido comprado.