Tipos normais procuram ciclovias decentes para pedalar a sério

A rede de ciclovias de Lisboa está a crescer e a câmara quer que a bicicleta seja uma alternativa real ao automóvel. Quem as usa pede mais coragem política e aponta erros técnicos. Ainda assim, mesmo com defeitos, a capital posiciona-se à frente de grande parte do país, que avança, a diferentes velocidades, pelo mesmo caminho.

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Nuno Ferreira Santos

Três amigos juntam-se à esquina da Praça Pasteur e começam a olhar para o chão. Desde há uns tempos que sobre o negro alcatrão da Avenida de Paris existe uma faixa verde para bicicletas. A novidade anima-lhes a conversa. Frederico, Pedro e Luís, vizinhos nesta simpática artéria do Areeiro, pedalam nas suas deslocações diárias e apresentam-se como “tipos normais que usam bicicleta”. Aquela ciclovia não lhes inspira grande confiança, uma sensação partilhada por muitos portugueses, noutras cidades, em que aos erros de concepção se junta um investimento que, até aqui, privilegiou o lazer em vez dos percursos quotidianos. 

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Três amigos juntam-se à esquina da Praça Pasteur e começam a olhar para o chão. Desde há uns tempos que sobre o negro alcatrão da Avenida de Paris existe uma faixa verde para bicicletas. A novidade anima-lhes a conversa. Frederico, Pedro e Luís, vizinhos nesta simpática artéria do Areeiro, pedalam nas suas deslocações diárias e apresentam-se como “tipos normais que usam bicicleta”. Aquela ciclovia não lhes inspira grande confiança, uma sensação partilhada por muitos portugueses, noutras cidades, em que aos erros de concepção se junta um investimento que, até aqui, privilegiou o lazer em vez dos percursos quotidianos.