Vítor Constâncio, o perfeito burocrata

Aquilo que é realmente importante aqui é nós não engolirmos com passividade este tipo de “banalidade do legal”, como se a lei não devesse estar ao serviço da ética, mas a ética ao serviço da lei.

Aquilo que mais me fascina nas intervenções de Vítor Constâncio na Comissão de Inquérito à CGD, e até nos direitos de resposta que tem vindo a assinar na sequência das notícias de PÚBLICO, é que existe simultaneamente uma grande solidez na sua argumentação em relação a tudo o que é acessório e uma cegueira extraordinária em relação a tudo o que é essencial. Essa é a postura típica do perfeito burocrata, e é por isso que pessoas com o perfil de Vítor Constâncio são tão apreciadas por quem manda e tão preciosas nos cargos que ocupam: elas conseguem que o enquadramento legal esteja sempre de acordo com aquilo que o poder deseja fazer a cada momento.

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Aquilo que mais me fascina nas intervenções de Vítor Constâncio na Comissão de Inquérito à CGD, e até nos direitos de resposta que tem vindo a assinar na sequência das notícias de PÚBLICO, é que existe simultaneamente uma grande solidez na sua argumentação em relação a tudo o que é acessório e uma cegueira extraordinária em relação a tudo o que é essencial. Essa é a postura típica do perfeito burocrata, e é por isso que pessoas com o perfil de Vítor Constâncio são tão apreciadas por quem manda e tão preciosas nos cargos que ocupam: elas conseguem que o enquadramento legal esteja sempre de acordo com aquilo que o poder deseja fazer a cada momento.