A dor é uma ruína sem arte nenhuma

O livro de estreia de Marcos Foz observa, como num caleidoscópio, o mistério do passado e do presente, criando para a sua poesia um canto de universo.

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Marcos Foz dr

Pouco haverá quem escape. Quando se lê algo que surpreende, parece aceitável querer que outros se sobressaltem. Sentir um desejo absurdo de partilha, alimentar uma ideia injustificável de fazer crescer noutros algo que em nós surgiu e parece novo. Poema longo, narrativo, Arca e Usura envolve-se, no entanto, numa aura de meditação que fractura a sua discursividade, dotando-a de uma qualidade fragmentária, elusiva, enigmática. Este é um poema que não faz pensar em linha recta, mas que se deixa sacudir pelo alterável. Anima-o a ideia de uma jornada e do seu término, antecipado em gestos díspares, dispersos movimentos, ritmos propícios, ciclos de manutenção e mudança.

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Pouco haverá quem escape. Quando se lê algo que surpreende, parece aceitável querer que outros se sobressaltem. Sentir um desejo absurdo de partilha, alimentar uma ideia injustificável de fazer crescer noutros algo que em nós surgiu e parece novo. Poema longo, narrativo, Arca e Usura envolve-se, no entanto, numa aura de meditação que fractura a sua discursividade, dotando-a de uma qualidade fragmentária, elusiva, enigmática. Este é um poema que não faz pensar em linha recta, mas que se deixa sacudir pelo alterável. Anima-o a ideia de uma jornada e do seu término, antecipado em gestos díspares, dispersos movimentos, ritmos propícios, ciclos de manutenção e mudança.