Angèle está farta e já não tem mais paciência para aturar as pequenas humilhações do dia-a-dia: ela é uma millennial precária que acaba de ser despedida de um atelier de arquitectura (que não tem dinheiro para lhe pagar o salário mas tem dinheiro para comprar caffé volluto para o patrão) e, sendo filha de militantes activos que viveram o Maio de 1968, não quer abrir mão dos seus ideais e da esperança num mundo melhor. Angèle é, de muitas maneiras, Judith Davis: a actriz francesa colocou na personagem que escreveu e interpreta neste seu primeiro filme muito da sua própria vivência pessoal, mesmo que Angèle seja uma chata de primeira apanha, com o seu idealismo utópico, purista e ortodoxo e a sua recusa em vergar-se ao pragmatismo quotidiano do sistema.
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Angèle está farta e já não tem mais paciência para aturar as pequenas humilhações do dia-a-dia: ela é uma millennial precária que acaba de ser despedida de um atelier de arquitectura (que não tem dinheiro para lhe pagar o salário mas tem dinheiro para comprar caffé volluto para o patrão) e, sendo filha de militantes activos que viveram o Maio de 1968, não quer abrir mão dos seus ideais e da esperança num mundo melhor. Angèle é, de muitas maneiras, Judith Davis: a actriz francesa colocou na personagem que escreveu e interpreta neste seu primeiro filme muito da sua própria vivência pessoal, mesmo que Angèle seja uma chata de primeira apanha, com o seu idealismo utópico, purista e ortodoxo e a sua recusa em vergar-se ao pragmatismo quotidiano do sistema.