Em Cádis sente-se o abandono e a apatia das pessoas: “Não há vontade para revoluções”

Todos concordam que a falta de trabalho é dramática e que resulta de problemas estruturais, que ninguém sabe como resolver. Conformismo eleitoral e cansaço com a classe política dão oxigénio à extrema-direita nas eleições espanholas.

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Há poucos sinais de propaganda eleitoral na cidade de Cádis. Aqui um raro cartaz de Pedro Sánchez Adriano Miranda/PÚBLICO

No grupo que se junta na Praça San Juan de Dios, no centro histórico de Cádis, em volta da banca de jornais, ninguém viu o debate eleitoral que juntou os quatro cabeças de lista dos partidos que lideram as sondagens. “Para quê?”, questiona José – ou Pepe –, sexagenário. “Se o sistema é sempre o mesmo e só mudam as palavras que os políticos usam?” O vendedor de jornais, de 30 anos, e um outro homem, na casa dos 40, assentem com a cabeça, mas sem se aventurarem muito na “discussão política”, por opção.

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No grupo que se junta na Praça San Juan de Dios, no centro histórico de Cádis, em volta da banca de jornais, ninguém viu o debate eleitoral que juntou os quatro cabeças de lista dos partidos que lideram as sondagens. “Para quê?”, questiona José – ou Pepe –, sexagenário. “Se o sistema é sempre o mesmo e só mudam as palavras que os políticos usam?” O vendedor de jornais, de 30 anos, e um outro homem, na casa dos 40, assentem com a cabeça, mas sem se aventurarem muito na “discussão política”, por opção.