Esquece, Lok, isto é Singapura

Entre Chinatown e Insomnia, um curioso neo-noir de Singapura que venceu o Leopardo de Ouro em Locarno e chega agora ao Netflix.

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Há um detective insone à procura de um operário desaparecido nos omnipresentes estaleiros de Singapura — “há quanto tempo não dormes?”, pergunta-lhe alguém às tantas — e é difícil não olhar para A Land Imagined e pensar tanto no Chinatown de Polanski, com as suas arcanas guerras de poder pelo controlo de Los Angeles, como no Insomnia (original e remake Nolaniana) onde o mistério policial se torna numa alucinação em permanente estado de vigília. As referências são ambas constantes nesta segunda longa-metragem do singapurano Yeo Siew Hua, que mais do que um “neo-noir” é um néon-noir — um filme nocturno onde muito acontece num café internet onde passado e presente se esbatrem numa dimensão de loop temporal que não sabemos bem se é virtual ou real.

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Há um detective insone à procura de um operário desaparecido nos omnipresentes estaleiros de Singapura — “há quanto tempo não dormes?”, pergunta-lhe alguém às tantas — e é difícil não olhar para A Land Imagined e pensar tanto no Chinatown de Polanski, com as suas arcanas guerras de poder pelo controlo de Los Angeles, como no Insomnia (original e remake Nolaniana) onde o mistério policial se torna numa alucinação em permanente estado de vigília. As referências são ambas constantes nesta segunda longa-metragem do singapurano Yeo Siew Hua, que mais do que um “neo-noir” é um néon-noir — um filme nocturno onde muito acontece num café internet onde passado e presente se esbatrem numa dimensão de loop temporal que não sabemos bem se é virtual ou real.