Rui Rio reitera que Governo poderia ter encontrado “solução de equilíbrio” para os professores

Líder do PSD não desvenda conteúdo da proposta que será apresentada no Parlamento até ao próximo dia 16 de Abril.

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Rui Rio reuniu-se com a UGT nesta terça-feira LUSA/MÁRIO CRUZ

O presidente do PSD, Rui Rio, recusou nesta terça-feira que o Parlamento se possa substituir ao Governo na solução sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores, mas defendeu que é possível encontrar uma “solução de equilíbrio” se houver vontade de negociar   

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O presidente do PSD, Rui Rio, recusou nesta terça-feira que o Parlamento se possa substituir ao Governo na solução sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores, mas defendeu que é possível encontrar uma “solução de equilíbrio” se houver vontade de negociar   

Em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com a UGT, considerou que, “para os professores, seria mau chumbar o diploma [do Governo], porque assim ficariam sem nada”. “Dois anos são melhor do que nada, mas ainda assim faltam sete, que têm de ser fruto de negociações entre professores e Governo”, apontou.

Rui Rio frisou que tal poderá ser alcançado através de um equilíbrio entre vários factores, que poderá passar pela devolução de uma parte do tempo em salários, distribuída pelo “eixo do tempo”, e outra parte em antecipação de anos de reforma. “Deste mix podemos facilmente encontrar uma solução de equilíbrio. Se o Governo negociasse, era possível chegar lá (...) Se o Governo não quer, não quer e não quer, tem de ser substituído por um que queira negociar”, disse ainda.

À chegada e à saída da reunião com a UGT, Rio tinha à sua espera uma pequena delegação de elementos do Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (Sinape), que pertence a esta central sindical, que empunhavam cartazes contra a decisão do Governo de não repor os nove anos, quatro meses e dois dias, mas mantiveram-se em silêncio e não tentaram abordar Rui Rio, que também não se dirigiu aos sindicalistas.

“Trato destas questões, seja dos professores seja outras, de forma mais institucional. Não me parece que no meio da rua seja a forma ideal de tratar o que quer que seja”, justificou quando questionado pelos jornalistas,

Sobre como irá o PSD votar as propostas de BE e PCP, que propõem calendários específicos para a reposição de todo o tempo de serviço dos professores que esteve congelado, Rio disse depois que não tinha ainda analisado com atenção projectos apresentados, mas enunciou um princípio. ”Admito que caiam na tentação de se tentar que o Parlamento se substitua ao Governo e isso é muito perigoso. Não vi os projectos, mas o que vi do discurso político leva-me a concluir que querem impor uma maioria parlamentar, substituindo as funções do Governo pelo Parlamento, e aí termos de ter cuidado”, disse.

Rui Rio reiterou que o PSD também irá apresentar o seu projecto de modo a que possa ser votado no próximo dia 16 de Abril, quando forem discutidas as apreciações parlamentares ao decreto-lei do Governo, que contabiliza cerca de três anos dos mais de nove que são exigidos pelos professores.