Casa da Música: cinco dias de porta aberta e vista para as Américas

De 16 a 20 de Janeiro, a Casa da Música transforma-se em Casa Aberta e dá a conhecer o Novo Mundo, com uma extensa programação — totalmente gratuita — que explora as Américas. Além dos concertos, palestras e filmes, o evento traz experiências imersivas e nomes como Conan Osiris, Bezegol, Matias Aguayo e HHY & The Macumbas.

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Conan Osiris vai actuar na sala Suggia, no sábado, dia 19 Nuno Ferreira Santos

Esta quarta-feira as portas da Casa da Música (CdM), no Porto, abrem-se para o Novo Mundo — tema que domina toda a programação de 2019 — e proporcionam uma viagem pelas Américas. Durante cinco dias, o espaço vai ser uma Casa Aberta que oferece, além dos habituais concertos, instalações, palestras, visitas guiadas, dança e filmes, uma noite non-stop, experiências imersivas e até chocolate quente. Tudo com entrada livre.

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Esta quarta-feira as portas da Casa da Música (CdM), no Porto, abrem-se para o Novo Mundo — tema que domina toda a programação de 2019 — e proporcionam uma viagem pelas Américas. Durante cinco dias, o espaço vai ser uma Casa Aberta que oferece, além dos habituais concertos, instalações, palestras, visitas guiadas, dança e filmes, uma noite non-stop, experiências imersivas e até chocolate quente. Tudo com entrada livre.

O programa arranca às 11h30, no dia 16, com uma palestra do compositor Daniel Moreira. Durante todo o dia — e todos os dias, até 20 de Janeiro — as salas da CdM vão receber concertos e ensaios abertos de orquestras, precedidos de palestras “que explicam a música e o que se vai passar”, revela Rui Pereira, adjunto da direcção artística da Casa da Música.

A Casa Aberta traz, este ano, uma novidade: concertos imersivos. “Vai ser uma experiência testada pela primeira vez e requer o download da aplicação Onstage nos smartphones”, explica Rui Pereira. Os concertos da Orquestra Sinfónica e Remix Ensemble nos dias 18, às 11h50, e 19, às 15h30, vão recorrer a esta tecnologia e, por isso, poderão ser vistos de diversos ângulos, através de câmaras estrategicamente colocadas que transmitem directamente para os ecrãs dos telemóveis. Mais ainda, o público poderá aceder a informações sobre as obras e partituras, tendo assim “uma experiência em tempo real”.

É no sábado, dia 19, que as portas ficam abertas por mais tempo, para uma noite com “formato idêntico” ao Clubbing, que existiu até 2015 na Casa da Música: da meia-noite às 6h, decorrem concertos em simultâneo em diversos espaços. Até às 4h30, a sala Suggia é palco para Daniel Knox, HHY & The Macumbas, Conan Osiris e Bezegol. A entrada para estes concertos, apesar de gratuita, está sujeita a levantamento de bilhetes (dois por pessoa), a partir do início do evento. 

No mesmo horário, estarão a actuar noutro espaço DJ Jettoki, Tutuguri e La Flama Blanca/Baile Tropicante e, durante toda a noite, será ainda possível assistir a uma maratona de “filmes sobre o Novo Mundo, feita pela Red Bull Media House”. A noite non-stop acaba no restaurante com Selecta Alice, DJ Tikis e Matias Aguayo (aqui com consumo mínimo obrigatório de cinco euros). Pelas 6h30, os resistentes poderão desfrutar de um chocolate quente, “uma bebida muito apreciada pelos povos da América Central”, que será oferecido no café.

Além dos dois momentos de destaque da edição deste ano, Rui Pereira recomenda as “batucadas de rua” e as “danças de salão sul-americanas” — espectáculos “apelativos para o público jovem” que se realizam diversas vezes durante os cinco dias. Por ser algo “do nosso imaginário sobre o Novo Mundo”, o adjunto da direcção artística realça o ensaio aberto da peça Pica-Pau Amarelo, que também está sujeito a levantamento de bilhete — os interessados devem aparecer pelas 19h de 17 de Janeiro na sala 2.

Quem por lá passar durante esses dias, poderá ainda ver diversas instalações "ligadas à música americana, quer do Norte — como o ragtimes —, como também às sonoridades mais associadas à América do Sul e Latina" e participar em visitas guiadas pela Casa da Música. O programa encerra no domingo, às 19h, com o filme Fitzcarraldo, de Werner Herzog, projectado na loja voltada para a Avenida da Boavista, um "espaço que, até agora, não estava acessível ao público".