Paulo Rangel critica Montenegro. "Isto cria uma crise que deixa o PSD numa situação difícil”

Lançado o desafio de Luís Montenegro para Rui Rio marcar eleições directas no PSD, o eurodeputado social democrata revela estar “surpreendido”.

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Miguel Manso

Paulo Rangel classificou como anormal que “em pleno período eleitoral” o partido entre “numa discussão interna” que espoletou quando Luís Montenegro se chegou à frente para ser o próximo presidente do PSD.

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Paulo Rangel classificou como anormal que “em pleno período eleitoral” o partido entre “numa discussão interna” que espoletou quando Luís Montenegro se chegou à frente para ser o próximo presidente do PSD.

Em entrevista ao “Programa das 9”, na TVI 24, o eurodeputado social-democrata diz que o PSD vai “estar a fazer uma discussão interna enquanto os outros partidos estão a fazer campanha eleitoral”, cenário que considera negativo “para as instituições e para a própria democracia”. “Isto cria uma crise política que deixa o partido numa situação difícil”, referiu.

Paulo Rangel mostra-se surpreendido com “esta situação vinda” do antigo líder parlamentar do PSD, pessoa que considerou “com sentido de responsabilidade”, e escusou-se a tecer alguma intenção de participar nas eleições. “Sinceramente, nem vou discutir a questão das eleições”, disse.

“Ninguém desencadeia uma crise política que tem estas consequências num partido por causa de um comentário lateral num programa de rádio de uma pessoa que está fora da política (…) É uma cortina de fumo”, comentou.

Na quarta-feira, Luís Montenegro, prometeu quebrar o silêncio sobre o futuro do partido, o que concretizou na sexta-feira, manifestando a disponibilidade para se candidatar à liderança e desafiando Rui Rio a convocar eleições directas antecipadas de imediato, que ainda não teve resposta formal por parte do presidente do partido.

Se forem convocadas eleições no PSD, Miguel Morgado, antigo assessor político de Passos Coelho, já disse que irá também “ponderar muito a sério” a possibilidade de ser candidato.