União Europeia defende novas presidenciais na Venezuela, diz porta-voz em Bruxelas

A UE, disse Maja Kocijancic, apela à realização de novas eleições e “à libertação dos presos políticos". Maduro toma posse quinta-feira.

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Nicolás Maduro Reuters

A União Europeia (UE) defende a realização de novas eleições presidenciais na Venezuela, por não reconhecer o resultado da votação que reconduziu Nicolás Maduro na chefia do Estado, disse esta terça-feira em Bruxelas a porta-voz da Comissão Europeia para a política externa, Maja Kocijancic.

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A União Europeia (UE) defende a realização de novas eleições presidenciais na Venezuela, por não reconhecer o resultado da votação que reconduziu Nicolás Maduro na chefia do Estado, disse esta terça-feira em Bruxelas a porta-voz da Comissão Europeia para a política externa, Maja Kocijancic.

Questionada sobre a tomada de posse de Maduro para um novo mandato de seis anos, agendada para quinta-feira em Caracas, a porta-voz reiterou a posição de Bruxelas de que as eleições na Venezuela “não foram livres nem credíveis”.

A UE, disse Kocijancic, apela à realização de novas eleições naquele país e “à libertação dos presos políticos, ao respeito pelo Estado de direito, os direitos humanos e as liberdades fundamentais”.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai prestar juramento para um novo mandado presidencial perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao invés da Assembleia Nacional, anunciou o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello. A Assembleia Nacional é controlada pela oposição, depois de eleições legislativas, e o Governo considerou-a sem competências.  

"A direcção da Assembleia Nacional carece de legitimidade, por isso o Presidente da República, Nicolás Maduro, fará o seu juramento perante o Supremo, a 10 de Janeiro", escreveu no Twitter Cabello, que também é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro, foi reeleito para um novo mandado nas eleições antecipadas de 20 de Maio de 2018, com 67,84% dos votos.

Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados e denunciando irregularidades e o não respeito pelos tratados de Direitos Humanos ou pela Constituição da Venezuela.