"Guerra" com os bombeiros: "apesar do ruído", Governo "manterá" atitude

PS envia uma newsletter aos militantes a explicar a reforma da protecção civil. Partido diz que a intenção é valorizar os bombeiros e manter o diálogo aberto.

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Miguel Manso

O Partido Socialista entrou em modo de gestão de danos sobre a "guerra" entre a Liga dos Bombeiros Portugueses e o Governo. Esta quinta-feira à tarde, o partido enviou uma newsletter aos militantes a explicar o que está em causa neste braço-de-ferro, que começou de forma mais efectiva no domingo à meia-noite, quando os bombeiros decidiram deixar de informar os comandos distritais de operação e socorro em protesto com as alterações que o Governo quer fazer à lei orgânica da Protecção Civil.

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O Partido Socialista entrou em modo de gestão de danos sobre a "guerra" entre a Liga dos Bombeiros Portugueses e o Governo. Esta quinta-feira à tarde, o partido enviou uma newsletter aos militantes a explicar o que está em causa neste braço-de-ferro, que começou de forma mais efectiva no domingo à meia-noite, quando os bombeiros decidiram deixar de informar os comandos distritais de operação e socorro em protesto com as alterações que o Governo quer fazer à lei orgânica da Protecção Civil.

A carta é quase idêntica à que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, endereçou às corporações de bombeiros na terça-feira, mas é reduzida e politizada. No final, o Governo escreve que a intenção desta reforma é a de "valorizar os bombeiros portugueses e incentivar o voluntariado" e que " todos os caminhos de diálogo estão abertos de modo a construir as melhores soluções para responder" às expectativas legítimas, "a bem da qualidade da protecção e socorro e da segurança dos portugueses". E que por isso "é essa a atitude que o Governo manterá, apesar do ruído".

A missiva aparece numa altura em que o ministro está num braço de ferro de difícil resolução com a LBP. Na quarta-feira, o ministro marcou uma reunião com a Liga para desbloquear negociações sobre os vários diplomas que foram aprovados na generalidade no dia 25 de Outubro, mas ao mesmo tempo enviou uma carta às corporações dos bombeiros que não agradou a Jaime Marta Soares.