Ministro da Educação: "Nós respeitamos o direito à greve"

Escusando-se a comentar a dimensão da insatisfação manifestada pelos professores, Tiago Brandão Rodrigues respondeu: "O direito à greve é um direito constitucional".

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Nelson Garrido

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse esta terça-feira, em Lisboa, que encara com naturalidade a greve dos professores, em respeito pelo direito constitucional que representa.

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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse esta terça-feira, em Lisboa, que encara com naturalidade a greve dos professores, em respeito pelo direito constitucional que representa.

"Estava marcada há várias semanas, eu diria há meses, pelas organizações sindicais. Nós respeitamos o direito à greve", afirmou o ministro quando questionado pelos jornalistas à margem da apresentação da Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos da Juventude 2018, na Casa da América Latina.

Escusando-se a comentar a dimensão da insatisfação manifestada pelos professores, Tiago Brandão Rodrigues respondeu: "O direito à greve é um direito constitucional".

Frisou, no entanto, que esteve e continuará disponível para dialogar com as organizações representativas dos professores.

"Fomos até acusados de reunirmos de forma reiterada com os sindicatos", declarou, considerando que no passado "não havia esse hábito".

"Fizemo-lo porque entendemos que a concertação social é positiva e assim continuaremos a fazer, com a normalidade e a tranquilidade que traz à vida democrática e também das nossas escolas", concluiu.

Os professores cumpriram esta terça-feira o segundo dia de uma greve desencadeada por dez organizações sindicais e que decorre faseadamente, por regiões.

A paralisação abrangeu esta terça-feira o Alentejo e o Algarve, com uma adesão estimada em 80%, de acordo com dados divulgados pelos sindicatos.

Os docentes exigem que nove anos, quatro meses e dois dias de trabalho sejam contabilizados na progressão de carreira, após um período de congelamento, e que sejam solucionadas questões relativas à aposentação, aos horários e à precariedade que atinge a profissão.