Como decidem os médicos em casos de fim de vida? Lançado novo estudo

Num inquérito idêntico feito há mais de uma década, 39% dos oncologistas defendiam a legalização da eutanásia mas, destes, apenas 24% estariam dispostos a praticá-la.

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daniel rocha

Mais de uma década depois de ter realizado um estudo sobre as decisões em situações de fim de vida, ouvindo os oncologistas, o director do serviço de cuidados paliativos do IPO (Instituto Português de Oncologia) do Porto, Ferraz Gonçalves, voltar a fazer um inquérito idêntico, mas que agora é dirigido a todos os especialistas.

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Mais de uma década depois de ter realizado um estudo sobre as decisões em situações de fim de vida, ouvindo os oncologistas, o director do serviço de cuidados paliativos do IPO (Instituto Português de Oncologia) do Porto, Ferraz Gonçalves, voltar a fazer um inquérito idêntico, mas que agora é dirigido a todos os especialistas.

A Ordem dos Médicos (OM), que disponibiliza no seu site o inquérito, pede aos profissionais que colaborem, notando que se tem vindo a assistir aumento de atenção dada a este assunto na sequência do debate sobre a despenalização a eutanásia. 

No estudo que em 2006 foi o tema da tese de mestrado em Bioética deste especialista, concluía-se que uma parte substancial (39%) dos 450 oncologistas que responderam defendiam a legalização da eutanásia, mas apenas 24% admitiam que, caso esta prática fosse legalizada, estariam disponíveis para colaborar.

Dado a interesse que o tema tem despertado, o especialista propôs agora à OM a realização deste estudo num âmbito muito mais alargado, incluindo todos os médicos inscritos que desejem participar.