Bombardeamento israelita de Gaza mata quatro palestinianos

O aaque foi uma resposta adisparos e arremessos de explosivos do lado palestiniano, em que foi morto um soldado israelita, dizem os militares. Há ainda registo de pelo menos 120 feridos palestinianos.

Fotogaleria

Um bombardeamento aéreo israelita fez pelo menos mortos palestinianos na Faixa de Gaza. Desses quatro, pelo menos três eram “combatentes” do movimento islamita Hamas, dizem os militares israelitas. Do lado de Israel houve uma baixa: um soldado atingido a tiro junto à fronteira.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Um bombardeamento aéreo israelita fez pelo menos mortos palestinianos na Faixa de Gaza. Desses quatro, pelo menos três eram “combatentes” do movimento islamita Hamas, dizem os militares israelitas. Do lado de Israel houve uma baixa: um soldado atingido a tiro junto à fronteira.

Israelitas e palestinianos concordaram "restaurar a calma" para prevenir a deterioração da situação, diz a Reuters, que cita um porta-voz do Hamas, depois de ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, ter feito ameaças de "uma grande ofensiva" contra Gaza. 

Alguns oficiais de segurança egípcios terão servido como intermediários. Durante o dia de sexta-feira, as Nações Unidas (ONU) já tinham vindo pedir para que se evitasse uma nova guerra.

As Forças Armadas israelitas afirmaram que os bombardeamentos — que começaram durante a tarde de sexta-feira e se prolongaram até à noite — foram uma resposta aos disparos e arremessos de explosivos do lado palestiniano. Israel disse ainda que os seus soldados estiveram sob fogo durante “violentos distúrbios” na fronteira entre Gaza e Israel, escreve a AFP, e que por isso o exército ripostou bombardeando todos os “alvos militares na Faixa de Gaza”. Na óptica israelita, foi o Hamas que escolheu “a escalada” de violência.

Os confrontos resultaram em pelo menos quatro mortos: três combatentes do Hamas e um civil, de acordo com residentes e médicos ouvidos pela AFP. Há registo de pelo menos 120 feridos no lado palestiniano.

O enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, pediu que Israel e Palestina evitassem uma nova guerra — que a concretizar-se seria a terceira desde 2008. “Todos na Faixa de Gaza se devem afastar do precipício. Não na próxima semana. Não amanhã. Imediatamente” escreveu o enviado especial no Twitter. “Os que querem provocar uma guerra entre palestinianos e israelitas não devem ser bem-sucedidos”, acrescentou.

No entender de Telavive, o Hamas está a desafiar o Estado de Israel ao lançar balões e papagaios incendiários a partir da Faixa de Gaza. O ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, ameaçou com uma ofensiva militar se os lançamentos continuassem. Os balões ateiam fogo a campos cultibados e nos últimos meses já destruíram cerca de 2600 hectares de território israelita.

Os protestos palestinianos que se iniciaram a 30 de Março são uma resposta ao “bloqueio” israelita, e uma forma de pressão para exigir o retorno dos refugiados palestinianos que fugiram ou foram expulsos aquando da criação do Estado de Israel, há 70 anos.

Os protestos, conhecidos como a “Grande Marcha do Retorno”, já resultaram em pelo menos 149 mortos e 4000 feridos palestinianos, de acordo com os números da AFP. É a 17.ª semana consecutiva de protestos em Gaza.