A Deeply domina as praias portuguesas, mas quer conquistar as mundiais

Inquérito revela que marca portuguesa é a mais usada em território nacional. A aposta é na venda online e em pop up stores em praias espanholas e francesas.

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Os surfistas portugueses compram português. A Deeply é a marca de fatos de surf mais usada nas praias portuguesas revela um estudo, feito a partir de entrevistas a 2503 praticantes de surf, nas praias de Norte a Sul do país. Mas a marca quer chegar ao mercado mundial, por isso, está a apostar na venda online – a nova colecção de Verão só pode ser comprada pela Internet – e em pop ups na praia espanhola de San Sebastian; e nas francesas Biarritz e Hossegor.

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Os surfistas portugueses compram português. A Deeply é a marca de fatos de surf mais usada nas praias portuguesas revela um estudo, feito a partir de entrevistas a 2503 praticantes de surf, nas praias de Norte a Sul do país. Mas a marca quer chegar ao mercado mundial, por isso, está a apostar na venda online – a nova colecção de Verão só pode ser comprada pela Internet – e em pop ups na praia espanhola de San Sebastian; e nas francesas Biarritz e Hossegor.

Segundo o estudo de mercado, feito pela 2ii-Informática e Informação, em 2017, praticamente a totalidade dos inquiridos é de nacionalidade portuguesa (94,57%) e vive no concelho onde faz surf (83,5%); 99% é do sexo masculino, cerca de metade tem nível académico até ao 12.º ano (54,5%) e o seu nível de rendimento mensal varia entre os 1500 e os 3000 euros (57,9%). O surfista português, como lhe chama o inquérito, anda pelos 15 e os 34 anos (78,6%) e é solteiro (69,2%). 

Quanto aos que usam Deeply – uma marca do universo Sonae, tal como o PÚBLICO –, é do sexo masculino (99,1%), solteiro (80,8%), a maioria tem escolaridade até ao 12.º ano (80,2%) e rendimentos mensais entre 1500 e 3000 euros (64,3%). 

Note-se que a maioria dos inquiridos diz fazer surf durante todo o ano, "quando as condições do mar o permitem" (98,4%) e permanecem dentro de água mais de 90 minutos (52,4%) ou uma hora e 90 minutos (47,8%). 

"A Deeply é considerada a marca n.º 1 utilizada pelos surfistas portugueses, levando-a a que, adicionalmente à sua linha de fatos de surf, criasse uma outra linha ainda mais técnica e com maior design", revela Ricardo Aragão, director de marketing da marca que nasceu em 2004.

Exclusivo online

Em Outubro, a Deeply apresentou a sua nova imagem e declarou que os objectivos para os próximos anos é continuar a apostar no surf e investir no snowboard e no skate, assim como vender para o resto do mundo. Este último objectivo está já a ser posto em prática com a apresentação da colecção de Verão, toda voltada não só para a prática do surf, mas também para a praia, com biquínis, calções, fatos de banho, saídas de praia, roupa, que é vendida exclusivamente online.

"A Deeply é maioritariamente uma digital brand onde a plataforma online facilita a difusão da marca por todo o mundo, essencial para dar o salto internacional", explica Ricardo Aragão, acrescentando que a compra online vem acompanhada de "surpresas e vouchers".

Contudo, "para dar oportunidade a que os consumidores conheçam fisicamente os produtos, a marca abre as pop ups", em Espanha e em França, em três praias conhecidas.

Aragão explica que a marca tem tido sucesso no país vizinho e que a contratação dos surfistas Jonathan Gonzalez e Lucia Martiño "foi determinante" para o mesmo. Em Portugal, a Deeply apoia Vasco Ribeiro, o actual campeão nacional, além de escolas da modalidade. "O mesmo caminho traça-se agora em França com a mais recente contratação do atleta Maxime Huscenot, campeão mundial júnior de surf", informa o director de marketing. "Para 2018, a Europa será o foco de investimento de media e, em função dos resultados, seguirá a expansão para outros continentes", conclui.