Número de casos confirmados de sarampo sobe de sete para 21

Último balanço da Direcção-Geral da Saúde, feito esta quinta-feira, acrescenta que cinco doentes estão internados. Todos em situação clínica estável.

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Todas as situações confirmadas dizem respeito a adultos; 12 são mulheres Paulo Pimenta

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) reviu esta quinta-feira em alta o número de casos de sarampo confirmados. Há 21 pessoas com diagnóstico positivo. Na quarta-feira eram sete.

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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) reviu esta quinta-feira em alta o número de casos de sarampo confirmados. Há 21 pessoas com diagnóstico positivo. Na quarta-feira eram sete.

O sarampo é uma das doenças mais contagiosas e em casos graves pode levar à morte.

De acordo com o último balanço da DGS, até às 19 horas desta quinta-feira tinham sido reportados, na região Norte, "51 casos suspeitos de sarampo dos quais 45 têm ligação laboral ao Hospital de Santo António, no Porto".

Dos 51 casos, "21 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge" e nove deram negativo. Os restantes aguardam resultado laboratorial.

Na quarta-feira havia sete casos positivos confirmados, mas mais de 20 ainda estavam em avaliação. Um cenário que levou a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, a admitir que se está perante um surto. No ano passado, Portugal registou dois surtos de sarampo. Uma jovem de 17 anos, que não estava vacinada, acabou por morrer.

A DGS adianta que cinco doentes estão internados — um deles é um caso que ainda aguarda confirmação —, todos em situação clínica estável. 

Todas as situações confirmadas dizem respeito a adultos, 12 dos quais mulheres. De acordo com o boletim emitido pela DGS, quatro das pessoas com sarampo não estavam vacinadas e três tinham o esquema vacinal incompleto (ou seja não tinham feito as duas doses necessárias). E 19 são profissionais de saúde. A maioria dos doentes tem entre os 20 e os 29 anos.

O surto terá tido origem num doente vindo no estrangeiro e que foi tratado num hospital do Norte do país, onde trabalham funcionários que também prestam serviço no Hospital de Santo António.