Processo para abrir concurso para 700 jovens médicos está nas Finanças

Depois de ter dito no início de Janeiro que os concursos iam ser abertos "dentro de dias", o ministro da Saúde afirma agora que o processo está a aguardar conclusão no Ministério das Finanças.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

O ministro da Saúde disse esta quarta-feira que o processo para abrir concurso para 700 médicos recém-especialistas nos hospitais que aguardam colocação há dez meses está no Ministério das Finanças. O concurso para contratar os 110 médicos de família que concluiram o internato em 2017 foi aberto esta quarta-feira, mas faltam ainda fazer um procedimento similar para os médicos da área hospitalar.

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O ministro da Saúde disse esta quarta-feira que o processo para abrir concurso para 700 médicos recém-especialistas nos hospitais que aguardam colocação há dez meses está no Ministério das Finanças. O concurso para contratar os 110 médicos de família que concluiram o internato em 2017 foi aberto esta quarta-feira, mas faltam ainda fazer um procedimento similar para os médicos da área hospitalar.

"São precisas duas assinaturas e um despacho conjunto (...). Este ano há um atraso maior porque o processo está no Ministério das Finanças à espera de ser concluído", afirmou à Lusa Adalberto Campos Fernandes à margem da assinatura da apresentação de um projecto conjunto com a fundação bancária La Caixa sobre cuidados paliativos.

Nesta quinta-feira, dirigentes da Ordem dos Médicos (OM) vão acompanhar um grupo de recém-especialistas da área hospitalar ao Parlamento na entrega de uma carta a contestar o facto de mais de 700 profissionais estarem há muitos meses à espera da abertura de concurso.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, classifica como uma "vergonha nacional" este atraso na abertura dos concursos para os especialistas que concluíram o internato há cerca de 10 meses. Afirma mesmo que os médicos estão "indignados" e deixaram de acreditar no ministro da Saúde, depois deste ter anunciado que os concursos iam ser lançados em breve.  Em 10 de Janeiro passado, ouvido no Parlamento, Adalberto Campos Fernandes anunciou que os procedimentos iam ser abertos "dentro de dias".