Presidente explica proposta do Governo sobre impostos europeus

Marcelo sublinha que a ideia não é apenas do Governo português, mas também do francês, espanhol e italiano.

Fotogaleria

O Presidente da República aproveitou esta segunda-feira uma visita ao Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, em Lisboa, para explicar aos portugueses a proposta do Governo português de criação de três impostos europeus, avançada pelo PÚBLICO, para fazer face à redução do próximo orçamento comunitário.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Presidente da República aproveitou esta segunda-feira uma visita ao Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, em Lisboa, para explicar aos portugueses a proposta do Governo português de criação de três impostos europeus, avançada pelo PÚBLICO, para fazer face à redução do próximo orçamento comunitário.

"Vai haver mais despesas com novas políticas europeias: migrações, defesa e segurança. Vai haver menos receitas com o resultado do Brexit e a saída do Reino Unido [da União Europeia]. Há o risco de o orçamento comunitário baixar e isso significa menos dinheiro para coesão e para política agrícola comum. Ou seja: menos dinheiro para Portugal. Não apenas, mas também", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o Presidente, a proposta de Portugal, que é secundada por países como França, Espanha e Itália, é de que sejam criados "novos impostos sobre determinados tipos de transacções muito específicas, mas que podem dar receitas para compensar aquilo que pode perder-se" no orçamento.

"São três e têm a ver com realidades novas - uma já antiga, a das transacções financeiras - no âmbito das plataformas digitais, que correpondem a novos negócios a crescer na Europa e no mundo e em que as receitas podem ser significativas", acrescentou o chefe de Estado.

Marcelo falou aos jornalistas um dia antes de começar a receber, em Belém, os partidos políticos com assento parlamentar e afirmou que as audições têm a ver com o que é importante para Portugal no imediato e a prazo. "No imediato, como vêem o Orçamento para o ano que vem, o período até às eleições. A prazo, o quadro financeiro bianual, os investimentos públicos, o chamado pós-2020. É muita matéria", disse o Presidente, garantindo que haverá oportunidade de voltar a falar. "Os encontros são de três em três meses".