Trump pondera enviar “animal” para Guantánamo após ataque

“Temos de ser muito menos politicamente correctos. Somos tão politicamente correctos que temos medo de fazer o que quer que seja”, defendeu o Presidente dos EUA.

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Reuters/KEVIN LAMARQUE

O Presidente norte-americano Donald Trump defende que os Estados Unidos têm de se tornar “muito menos politicamente correctos” após o atentado terrorista de terça-feira em Nova Iorque, que matou pelo menos oito pessoas. Trump falava esta terça-feira à imprensa no início de uma reunião do Governo em Washington, onde prometeu rever as leis da imigração e pediu ao Congresso para terminar o programa de sorteio de vistos de residência utilizado pelo presumível autor do ataque, Sayfullo Saipov, um cidadão do Uzbequistão.

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O Presidente norte-americano Donald Trump defende que os Estados Unidos têm de se tornar “muito menos politicamente correctos” após o atentado terrorista de terça-feira em Nova Iorque, que matou pelo menos oito pessoas. Trump falava esta terça-feira à imprensa no início de uma reunião do Governo em Washington, onde prometeu rever as leis da imigração e pediu ao Congresso para terminar o programa de sorteio de vistos de residência utilizado pelo presumível autor do ataque, Sayfullo Saipov, um cidadão do Uzbequistão.

“Inicio hoje o processo para terminar o programa da lotaria da diversidade [o sorteio em causa]. (…) Peço ao Congresso que inicie imediatamente o trabalho para nos livrarmos deste programa”, disse na Casa Branca.

Trump, que qualificou Saipov como um “animal” e disse ponderar enviá-lo para a prisão militar de Guantánamo, em Cuba, aproveitou a ocasião para voltar a defender uma revisão das leis para impedir o que disse ser um fenómeno de “imigração em cadeia”. Saipov, disse, terá sido responsável pela entrada de 23 imigrantes nos Estados Unidos.

“Este homem que entrou, ou o que quer que lhe queiram chamar, trouxe com ele outras pessoas e era o principal ponto de contacto de – e isto são números preliminares – 23 pessoas que vieram ou que potencialmente vieram com ele”, disse, qualificando as actuais leis de imigração nos EUA como “uma piada”.

Apesar da referência de Trump à entrada de pelo menos 23 cidadãos estrangeiros nos EUA supostamente relacionados com Saipov, desconhece-se se recai algum tipo de suspeita sobre as pessoas em causa. No entanto, e desde as primeiras horas que se seguiram ao ataque de terça-feira, Trump insiste na aplicação de novas restrições à entrada de estrangeiros no país, atacando opositores políticos conotados com uma abordagem mais permissiva à imigração, como o senador democrata Chuck Schumer, o proponente do programa de sorteio de vistos.

“Temos de ser muito menos politicamente correctos. Somos tão politicamente correctos que temos medo de fazer o que quer que seja”, defendeu.