Madrid investiga chefe dos Mossos d'Esquadra por insubordinação

Josep Lluís Trapero arrisca uma pena de prisão de 15 anos.

Foto
LUSA/ANDREU DALMAU

A juiza da Audiência Nacional espanhola Carmen Lamela abriu uma investigação ao major Josep Lluís Trapero, responsável máximo pelos Mossos D'Esquadra, por suspeita do crime de sedição (ou seja, de insubordinação ou de incitação de motim). O chefe da polícia catalão deverá ser ouvido na sexta-feira.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A juiza da Audiência Nacional espanhola Carmen Lamela abriu uma investigação ao major Josep Lluís Trapero, responsável máximo pelos Mossos D'Esquadra, por suspeita do crime de sedição (ou seja, de insubordinação ou de incitação de motim). O chefe da polícia catalão deverá ser ouvido na sexta-feira.

Em causa estão os acontecimentos de dia 20 de Setembro, quando 14 altos dirigentes do governo catalão foram detidos pelas autoridades espanholas pelo envolvimento na preparação do referendo de 1 de Outubro, que fora declarado ilegal por Madrid.

Trapero é acusado de ter ignorado ordens para proteger elementos da Guardia Civil que conduziam uma acção na secretaria autonómica de Economia, onde milhares de cidadãos acabaram por montar um cerco ao edifício, impedindo a saída dos agentes durante várias horas.

Serão também ouvidos no processo Teresa Laplana, a oficial dos Mossos d'Esquadra que estava presente no local, e dois dirigentes de movimentos independentistas: Jordi Sànchez, presidente da Assembleia Nacional Catalã, e Jordi Cuixart, líder do Òmnium Cultural.

Em caso de condenação, e por serem agentes da autoridade, Trapero e Laplana arriscam uma pena de prisão de 15 anos.