Open House Lisboa recebeu número recorde de visitantes

Espaços mais populares foram a Igreja de São Roque e o Panorâmico de Monsanto. Iniciativa que abre espaços normalmente vedados ao público mais do que duplicou números, com 44 mil visitas. Mudança de Julho para Setembro ajuda a explicar afluência.

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A iniciativa Open House Lisboa, que anualmente abre as portas de edifícios públicos e privados, residências ou monumentos normalmente fechados ao público, teve no último fim-de-semana o seu maior número de visitantes. Segundo a organização, foram realizadas em Lisboa mais de 44 mil visitas, um número manifestamente superior às cerca de 18 mil de 2016. Um dos motivos de peso é a mudança do calendário de Julho para Setembro.

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A iniciativa Open House Lisboa, que anualmente abre as portas de edifícios públicos e privados, residências ou monumentos normalmente fechados ao público, teve no último fim-de-semana o seu maior número de visitantes. Segundo a organização, foram realizadas em Lisboa mais de 44 mil visitas, um número manifestamente superior às cerca de 18 mil de 2016. Um dos motivos de peso é a mudança do calendário de Julho para Setembro.

Este ano, a Open House Lisboa – existe também a Open House Porto, que em Julho recebeu a sua terceira edição – tinha uma lista de 87 espaços visitáveis, entre os quais casas particulares ou o novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, projectado por João Luís Carrilho da Graça.

Os espaços mais populares foram, de acordo com a Trienal de Arquitectura de Lisboa, que organiza a versão portuguesa da Open House, a Igreja de São Roque (que já em 2016 fora o edifício mais visitado) e o Panorâmico de Monsanto – “especialmente aberto para integrar o roteiro”, como detalha o comunicado da Trienal, depois de na semana anterior ter sido anunciada a sua reabertura e, logo a seguir, também o seu fecho para limpezas antes da Open House. Na lista dos mais visitados estão também o Museu dos Coches, o Reservatório da Mãe d'Água e o Palácio Chiado.

As comissárias da Trienal, Rita e Catarina Almada Negreiros, classificam o número de visitantes, 44.217, como “impressionante” e o presidente da Trienal, o arquitecto José Mateus, destacou o papel dos guias, peritos e autores (74 nesta edição) que acompanham as visitas a cada espaço. Houve "alguma afluência de turistas", disse ao PÚBLICO José Mateus, mas "a esmagadora maioria dos visitantes são portugueses que vivem em Lisboa".

O aumento expressivo de visitantes deve-se, responde José Mateus ao PÚBLICO, a vários factores, desde "a qualidade geral do programa" ao "aumento do número de espaços e da capacidade das visitas para responder à afluência crescente, que se materializou com o reforço substancial de entradas livres". Mas o responsável acrescenta ainda que o facto de esta 6.ª edição se ter realizado em Setembro, "num fim-de-semana de clima óptimo, contribuiu decisivamente", em contraste com as edições anteriores, que decorriam em Julho. O presidente da Trienal indicou ainda que o factor comunicação "incluindo o facto de muitos proprietários de espaços se terem envolvido na divulgação, poderá ter também ajudado".

A  sexta Open House Lisboa incluiu também um programa para pessoas com necessidades especiais de acessibilidade e portadoras de deficiência. A iniciativa Open House é uma ideia da arquitecta e curadora britânica Victoria Thornton, que encetou o programa em 1992 em Londres, tendo-se expandido depois, no âmbito da rede Open House Worldwide, por várias cidades europeias, mas chegando também a Nova Iorque ou Buenos Aires.