Principal suspeito do ataque nas Ramblas morto pela polícia

Autoridades confirmam que Younes Abouyaaqoub, o condutor da carrinha que atropelou dezenas de pessoas em Barcelona, envergava um colete-bomba falso. Investigações prosseguem para determinar ligações internacionais.

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A polícia catalã cortou as estradas perto do local onde o suspeito foi abatido Reuters/ALBERT GEA

O grito de uma mulher, que reconheceu Younes Abouyaaqoub junto de uma estação de serviço da localidade de Subirats, a 40 quilómetros de Barcelona, pôs fim à gigantesca operação europeia de caça ao principal suspeito do atentado terrorista nas Ramblas, que estava fugido desde quinta-feira. Apanhado, o marroquino de 22 anos que conduziu uma carrinha contra a multidão que circulava naquela via turística do centro de Barcelona, matando 13 pessoas, ainda tentou fugir para uma zona de vinhedos, onde foi cercado e depois morto a tiro pela polícia. Terá gritado “Alá é Grande” enquanto simulava detonar um colete de explosivos que acabou por revelar-se falso.

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O grito de uma mulher, que reconheceu Younes Abouyaaqoub junto de uma estação de serviço da localidade de Subirats, a 40 quilómetros de Barcelona, pôs fim à gigantesca operação europeia de caça ao principal suspeito do atentado terrorista nas Ramblas, que estava fugido desde quinta-feira. Apanhado, o marroquino de 22 anos que conduziu uma carrinha contra a multidão que circulava naquela via turística do centro de Barcelona, matando 13 pessoas, ainda tentou fugir para uma zona de vinhedos, onde foi cercado e depois morto a tiro pela polícia. Terá gritado “Alá é Grande” enquanto simulava detonar um colete de explosivos que acabou por revelar-se falso.

Fotografias de Younes circulavam desde domingo, quando as autoridades lançaram um apelo ao público para avançar “toda a informação" que pudessem saber sobre o suspeito. Esta segunda-feira, pela manhã, a polícia catalã, os Mossos d’Esquadra, apresentou a reconstituição dos seus movimentos desde quinta-feira, quando se lançou ao volante de uma carrinha contra a multidão nas Ramblas. Depois de escapar do local do ataque, fugiu a pé do centro de Barcelona, cruzando o mercado de La Boqueria em direcção à zona alta da cidade e alcançando a cidade universitária.

A cerca de 100 metros do Camp Nou, deparou-se com um parque de estacionamento utilizado pelos estudantes: abeirou-se de um carro que acabava de estacionar, esfaqueou o automobilista e fugiu de Barcelona no carro, acelerando contra uma patrulha da polícia. O automóvel foi abandonado na localidade de Sant Just Desvern: Pau Pérez, de 34 anos, a 15.ª vítima, foi encontrado morto no banco de trás da viatura.

Essa foi a última pista, e o ponto zero da operação de caça ao homem que se alargou a toda a Europa, por se desconfiar que tentaria cruzar a fronteira para França. Mas por volta das 15h, a polícia recebeu o alerta da mulher que “sem sombra de dúvida” identificara Abouyaaqoub bem mais perto, em Subirats, e que avisou a polícia de que, apesar do calor, andava com mangas compridas e um colete. As autoridades confirmaram mais tarde que o suspeito tinha na sua posse várias facas.

A investigação aos atentados de quinta-feira em Barcelona e Cambrils não está fechada, mas como sublinhou o comandante dos Mossos, Josep Lluis Trapero, com a morte de Younes Abouyaaqoub, a célula terrorista de 12 pessoas que participaram nos ataques foi “desarticulada”. “A nossa prioridade era capturar os 12 suspeitos do atentado: quatro foram detidos e oito estão mortos”, afirmou, informando que os próximos passos passam por apurar se existem mais cúmplices em Espanha e ainda por determinar as ligações internacionais destes operacionais – o que, justificou, implica manter sigilo sobre aspectos da investigação.

Além de Younes Abouyaaqoub, outros cinco terroristas foram mortos pelos Mossos d’Esquadra na quinta-feira, em Cambrils, quando se preparavam para iniciar uma acção semelhante à que tinha acontecido em Barcelona: uma mulher foi atropelada mortalmente antes de a polícia abater os suspeitos. Entre estes, estava Houssaine Abouyaaqoub, de 17 anos, irmão do condutor das Ramblas; além de outros dois irmãos, Omar e Mohamed Hychami, de 17 e 24 anos, e ainda Moussa Oukabir, de 17 anos, que terá roubado os documentos do irmão, Driss, posteriormente utilizados para alugar a carrinha usado no atentado.

Os outros dois mortos são Abdelbaki es Satty, de 45 anos, imã em Ripoll e suspeito de poder ser o instigador da célula; e Youssef Aallaa, ambos encontrados nos escombros de uma vivenda de Alcanar onde estariam a ser produzidos engenhos e bombas artesanais – a polícia confirmou que morreram quando essa casa explodiu. Um outro cadáver nos escombros permanece por identificar. Mohamed Houli Chemial, de 21 anos, retirado em estado grave do local, é um dos quatro homens detidos. Os outros foram detidos em Ripoll: Mohamed Aallaa, de 27 anos, dono do Audi A3 utilizado em Cambrils; Sahal el Kari de 34 anos e Driss Oukabir, de 28 anos, que reportou à polícia o roubo dos seus documentos.