Artistas portugueses apostam no roteiro das galerias de Paris

Iniciativa Lusoscopie da Embaixada e Instituto Camões integrada no programa da Noite Europeia dos Museus.

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São nove exposições, distribuídas por outras tantas galerias nas duas margens do Sena, no centro de Paris, e acolhem obras de 15 artistas. É este o programa da primeira edição de Lusoscopie, a iniciativa da Embaixada Portuguesa e do Instituto Camões na capital francesa que quer “mostrar a arte portuguesa actual” e “a real penetração, desconhecida ou valorizada, que os artistas portugueses têm no mercado francês e internacional”, diz João Pinharanda, director do Instituto Camões naquela cidade.

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São nove exposições, distribuídas por outras tantas galerias nas duas margens do Sena, no centro de Paris, e acolhem obras de 15 artistas. É este o programa da primeira edição de Lusoscopie, a iniciativa da Embaixada Portuguesa e do Instituto Camões na capital francesa que quer “mostrar a arte portuguesa actual” e “a real penetração, desconhecida ou valorizada, que os artistas portugueses têm no mercado francês e internacional”, diz João Pinharanda, director do Instituto Camões naquela cidade.

O calendário de Lusoscopie – título que o curador foi buscar à ideia da lusofonia – tem como momentos fortes as datas 18 e 20 de Maio, respectivamente Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus. Mas a agenda abre já esta quarta-feira, dia 17, com a inauguração, na galeria Philippe Mendes, da exposição Absences, onde Rui Chafes dialoga com obras do acervo deste espaço especializado em pintura antiga, nomeadamente com mestres portugueses, franceses e italianos dos séculos XVI e XVII. Esta mostra, que ficará patente até 30 de Junho, será acompanhada pela edição de um catálogo. E também pela estreia em França do documentário que João Trabulo realizou sobre a obra de Chafes, intitulado Durante o Fim (a exibir no dia 18, no Instituto Goethe).

Ao longo da semana – com o momento forte no fim-de-semana, já que as galerias parisienses ficarão abertas toda a noite de sábado para domingo, na Noite Europeia dos Museus –, serão também abertas exposições individuais nas galerias du Passage (cerâmica de Bela Silva), Bernard Bouche (desenho e escultura de José Pedro Croft – o representante português na edição deste ano da Bienal de Veneza, inaugurada na semana passada), Hélène Bailly (pintura de Manuel Cargaleiro, que está a celebrar o seu 90.º aniversário), Kogan (La Peau des Nuages, pintura de Jorge Martins) e Thorigny (pintura de Rodolf Bouquillard).

Simultaneamente haverá mostras colectivas nas galerias Álvaro Roquete/Pedro Aguiar Branco (obras de Adriana Molder, Ana Léon, Maria Beatriz e Maria Loura Estêvão), Hélène Bailly (obras de Vieira da Silva e Arpad Szénes), Jeanne Bucher-Jaeger (também com Vieira da Silva e Arpad Szénes, mas também Michael Biberstein, Miguel Branco e Rui Moreira, genericamente designada Corps et âmes – un regard prospectif) e Bernard Bouche (fotografia de Jorge Molder).

São ainda propostas visitas às obras de arte pública de Manuel Cargaleiro na cidade, nomeadamente o painel de cerâmica que desenhou para a estação de metro Champs Elysées-Clémenceau e a que fez para a agência da Caixa Geral de Depósitos (Av. Iéna, 98).

Ainda no domínio das exposições, a Delegação da Fundação Gulbenkian de Paris associa-se a Lusoscopie com a inauguração, a 31 de Maio, da exposição La violence et la grâce, de Graça Morais, comissariada por Ana Marques Gastão e Helena de Freitas, e que ficará patente até 27 de Agosto (para 6 e 7 de Junho está agendado um colóquio dedicado à obra da pintora transmontana, sob o mote O mito e a metamorfose).

O programa de Lusoscopie contempla ainda o lançamento de livros com fotografias de Ângelo de Sousa, Carlos Lobo, Manuela Marques e Sandra Rocha (Livraria Loco, dia 24, às 19h), e outro com ilustrações que Júlio Pomar fez para uma edição de D. Quixote, de Cervantes (data e lugar a designar).

Depois de uma primeira actuação no início de Maio, a coreógrafa Vera Mantero participa também esta semana (dias 16 a 18) nos Encontros Internacionais Seine-Saint-Denis, com o seu exercício de antropologia ficcional Os Serrenhos do Caldeirão.