Trump tira o radical Steve Bannon do Conselho de Segurança Nacional

Fontes da Casa Branca dizem que Bannon estava a "monitorizar" Michael Flynn, o conselheiro de Segurança Nacional que se demitiu em Fevereiro.

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Stephen Bannon Jonathan Ernst/Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afastou o polémico Stephen Bannon do Conselho de Segurança Nacional. A saída de Bannon está a ser justificada pela Casa Branca com o facto de o antigo director do site Breitbart já ter cumprido a função que lhe foi confiada.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afastou o polémico Stephen Bannon do Conselho de Segurança Nacional. A saída de Bannon está a ser justificada pela Casa Branca com o facto de o antigo director do site Breitbart já ter cumprido a função que lhe foi confiada.

Fontes da Casa Branca, não identificadas, disseram ao jornal Washington Post e à agência Bloomberg que Bannon foi colocado no Conselho de Segurança Nacional, em parte, para "monitorizar" Michael Flynn, o conselheiro de Segurança Nacional nomeado por Donald Trump em Janeiro que se demitiu em Fevereiro.

Para além dessa tarefa, Stephen Bannon seria também responsável por uma reorganização do Conselho de Segurança Nacional, que estaria a tratar de temas a mais para a sua capacidade, segundo a actual Administração. De acordo com as fontes da Casa Branca, Bannon terá cumprido essa tarefa, e raramente esteve presente nas reuniões. 

Não há nenhuma indicação de que Stephen Bannon esteja de saída da Casa Branca e da sua função de principal conselheiro de Donald Trump.

A escolha de Bannon, de 62 anos, para ser um dos conselheiros mais importantes do Presidente dos Estados Unidos (e depois membro do Conselho de Segurança Nacional) fez soar um coro de preocupações e críticas. Afinal, Bannon dirigiu um site com títulos exaltando a bandeira sulista após um ataque a uma igreja da comunidade negra de Charleston, chamando "judeu renegado" a Bill Kristol, crítico de Donald Trump, acusando a Administração Obama de estar "infiltrada por apoiantes da sharia [lei islâmica]", ou ainda questionando quem o lê: "Preferia que a sua filha tivesse cancro, ou feminismo?"

O primeiro conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, Michael Flynn, demitiu-se no dia 14 de Fevereiro. Em causa estão os contactos que estabeleceu com Moscovo, antes da tomada de posse de Trump, e ter mentido ao vice-presidente, Mike Pence, sobre as conversas que teve com o embaixador russo em Washington sobre as sanções norte-americanas, em Dezembro.

Numa carta enviada ao Presidente dos EUA, Flynn escreve que "inadvertidamente" passou ao vice-presidente (que à data ainda não tinha tomado posse) e outros membros da Administração "informação incompleta" acerca das chamadas com o embaixador russo Sergei Kisliak. A comunicação acrescentava o seu arrependimento e um pedido de desculpas ao Presidente e ao vice-presidente.

Flynn fez saber na semana passada que está disposto a falar no âmbito dos inquéritos do FBI e do Congresso às suspeitas de ligações entre elementos da equipa de Donald Trump e o Governo da Rússia, mas exigiu que lhe seja concedida imunidade.

Com a mudança anunciada de surpresa esta quarta-feira, o responsável pelas agências de serviços secretos, Dan Coats, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Joseph Dunford, voltam a ter presença permanente no Conselho de Segurança Nacional.