Bloco defende que Portugal deve estar preparado para a saída do euro

Catarina Martins afirmou que o país deve estar preparado para uma saída da moeda única ou para o fim da zona euro.

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Catarina Martins falava no final da reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda. LUSA/MIGUEL A.LOPES

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu este domingo a urgência de preparar o país para a saída do euro, rejeitando que Portugal fique "no pelotão da frente" de uma Europa que "caminha para o abismo".

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu este domingo a urgência de preparar o país para a saída do euro, rejeitando que Portugal fique "no pelotão da frente" de uma Europa que "caminha para o abismo".

Em conferência de imprensa no final da reunião da Mesa Nacional do BE, Catarina Martins anunciou que a resolução aprovada propõe "claramente que, para recuperar a capacidade democrática" do país sobre a economia e a finança, "é urgente preparar o país para o cenário de saída do euro ou mesmo de fim do euro".

"Numa Europa em degradação, o nosso país não pode ficar alegremente no pelotão da frente para o abismo europeu e tem de ter capacidade de defender a capacidade produtiva da sua economia, o seu emprego e o seu Estado Social", declarou.

Catarina Martins apontou como prioridades a "reestruturação da dívida soberana, o investimento público, e o controlo público da banca e dos sectores estratégicos da economia".

Na resolução aprovada pelo órgão máximo do Bloco de Esquerda entre convenções, o BE criticou o primeiro-ministro, António Costa, pela posição assumida na cimeira dos 27, sábado, em Roma.

"António Costa, ao afirmar que Portugal deve ficar no pelotão da frente de uma Europa a várias velocidades, parece querer esquecer o que significou essa política na entrada de Portugal no euro: empobrecimento, endividamento e privatizações", refere a resolução.

Os líderes de 27 Estados-membros da UE adoptaram sábado a Declaração de Roma, na qual manifestam "orgulho" pelos feitos alcançados ao longo de 60 anos de história e apontam o caminho a seguir, admitindo uma UE a diferentes velocidades mas "na mesma direcção".