Director das cadeias admite que não existe protocolo em caso de fuga de reclusos

Celso Manata, que falava a propósito dos reclusos que fugiram de Caxias, diz que será agora criado um protocolo.

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PAULO RICCA

O director dos serviços prisionais, Celso Manata, disse esta sexta-feira que não existe um protocolo de procedimentos em caso de fuga de detidos das cadeias portuguesas.

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O director dos serviços prisionais, Celso Manata, disse esta sexta-feira que não existe um protocolo de procedimentos em caso de fuga de detidos das cadeias portuguesas.

"Não temos protocolo, vamos agora fazer um e nem me passava pela cabeça que não existisse um protocolo sobre essa matéria", admitiu Celso Manata à margem da inauguração da unidade de cuidados continuados do hospital de S. João de Deus, quando questionado sobre a fuga, no domingo, de três detidos da cadeia de Caxias.

Logo que deram pela falta dos três reclusos, dois chilenos e um lusa-israelita, os responsáveis pela cadeia de Caxias ligaram para o 112, um procedimento "que é uma prática", mas que não consta de qualquer protocolo de acção, disse Celso Manata.

"Já dei instruções à direcção de serviços de segurança para rapidamente criar uma orientação e procedimentos em casos de evasões. Existia uma prática e essa passava por ligar para o 112, que é um serviço de emergência, porque é preciso estabelecer logo um perímetro de segurança", explicou.

Chamados 40 guardas

Uma das primeiras medidas passa por, com as autoridades locais, garantir a segurança do local e isso "foi feito na hora", disse o director-geral, acrescentando que foram chamados cerca de 40 guardas prisionais que não estavam de serviço.

Sobre um alegado atraso na emissão dos mandados de detenção, Celso Manata defendeu que, neste caso, "não são essenciais porque as pessoas estão a cometer um crime de evasão, estão em permanente flagrante delito", o significa que "qualquer autoridade policial os pode prender".

Neste momento decorre um inquérito disciplinar à actuação dos serviços prisionais e um outro criminal dirigido pela Polícia Judiciária.

Três reclusos fugiram na madrugada de domingo do Estabelecimento Prisional de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam.

Os dois reclusos chilenos foram detidos em Espanha e vão ser extraditados para Portugal. O português continua a monte.