David Bowie vence dois Brit Awards

O cantor que morreu em 2016 foi considerado o melhor artista a solo masculino do ano e o seu álbum, Blackstar, foi o escolhido como o melhor do ano.

Fotogaleria

David Bowie, que morreu em 2016, recebeu dois dos principais galardões dos Brit Awards de 2017, tornando-se o primeiro artista a ser distinguido a título póstumo nos principais prémios da indústria musical britânica, segundo a agência de notícias AFP.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

David Bowie, que morreu em 2016, recebeu dois dos principais galardões dos Brit Awards de 2017, tornando-se o primeiro artista a ser distinguido a título póstumo nos principais prémios da indústria musical britânica, segundo a agência de notícias AFP.

Bowie foi considerado, na cerimónia realizada em Londres, o melhor artista a solo masculino do ano e o seu álbum de despedida, Blackstar, foi considerado o melhor de 2016 no Reino Unido. O seu filho, o realizador Duncan Jones, recebeu em nome do pai o prémio por Blackstar, dedicando-o a "todos os excêntricos".

O actor norte-americano Michael C. Hall, conhecido pelos papéis nas séries Dexter e Seis palmos de terra, recebeu o prémio de melhor artista a solo em nome de Bowie. "Se o David pudesse estar aqui, hoje, provavelmente não estaria aqui", brincou Hall, citado pelas agências de notícias. Hall é o protagonista do musical Lazarus, criado por David Bowie a partir do filme O Homem Que Veio do Espaço (The Man Who Fell to Earth) e em cuja estreia, a 7 de Janeiro de 2016, Bowie fez a sua última presença pública - morreria dia 10. O musical estreou-se na Broadway nova-iorquina e depois foi levado para Londres no Outono. Hall lembrou ainda "um homem que nunca deveu nada a não ser à sua própria audácia e imaginação sem limites". 

A noite foi ainda marcada pela emoção dos antigos companheiros musicais de George Michael, que morreu a 25 de Dezembro no ano passado, que o homenagearam em palco - Andrew Ridgeley, Pepsi e Shirley, dos Wham!. Chris Martin, vocalista dos Coldplay, interpretou a balada de Michael A Different Corner. 

Nas restantes categorias dos Brit Awards, destacou-se Emeli Sandé, considerada a melhor artista feminina do ano; The 1975, que foi considerada a melhor banda britânica; Adele, que recebeu a distinção atribuída ao artista britânico com maior sucesso global; o grupo Little Mix, com o tema Shout Out To My Ex, foi distinguido pelo melhor single do ano; Drake e Beyoncé levaram para casa os prémios de melhores artistas internacionais e A Tribe Called Quest receberam o prémio de melhor banda internacional. Robbie Williams encerrou a noite com três canções e celebrando o facto de ser o Brits Icon do ano - é também o músico com mais Brits da história.

A estrela pop americana Katy Perry foi a Londres mostrar o seu novo single, Chained to the rhythm e encenou com os bailarinos aquilo que depois viria a desenhar-se como um comentário ao recente encontro entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-ministra britânica Theresa May, com bailarinos como esqueletos vestidos com roupas similares às usadas pelos dois políticos.

Notícia corrigida às 9h de 23 de Fevereiro: os recipientes dos prémios para David Bowie foram Michael C. Hall e Duncan Jones e não, como foi erradamente referido, Kate Moss