Costa reafirma confiança em Centeno

Primeiro-ministro falou com o Presidente da República e diz que "nada justifica pôr em causa a estabilidade governativa".

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“O professor Mário Centeno conseguiu o melhor exercício orçamental da nossa vida democrática”, elogia Costa. Rui Gaudencio

O primeiro-ministro António Costa anunciou esta segunda-feira que mantém a confiança no ministro das Finanças e que “nada justifica pôr em causa a estabilidade governativa”. O chefe do Governo expressava-se através de um comunicado às redacções, após “contacto com o Presidente da República”.

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O primeiro-ministro António Costa anunciou esta segunda-feira que mantém a confiança no ministro das Finanças e que “nada justifica pôr em causa a estabilidade governativa”. O chefe do Governo expressava-se através de um comunicado às redacções, após “contacto com o Presidente da República”.

Costa reagia assim à conferência de imprensa de Mário Centeno, que esta tarde declarou que o seu cargo estava “naturalmente à disposição” do primeiro-ministro, negando ter mantido um acordo com o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, sobre uma excepção do dever de apresentação das declarações de património e rendimentos ao Tribunal Constitucional.

Centeno admitiu apenas um acordo para a alteração do estatuto do gestor público, explicando qualquer outra interpretação com um “erro de percepção mútua”: “Admito que não possa ter afastado do entendimento do senhor António Domingues que o acordo poderia retirar o dever de apresentação das declarações”. A polémica, recorde-se, terminou com Domingues a apresentar a demissão da presidência da CGD.

No comunicado, Costa faz elogios a Centeno: “Sob sua responsabilidade directa, Portugal logrou, em 2016, a estabilização do sector financeiro”.

“O professor Mário Centeno conseguiu o melhor exercício orçamental da nossa vida democrática”, afirma Costa, que aponta "a melhoria da economia real".