Passos Coelho avisa PS de que não conte com o PSD para a "má política"

Passos Coelho comparou a atuação do Governo PS à ópera cómica e considerou a situação da Caixa Geral de Depósitos uma “consequência do regresso da política, só que da má política”.

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PSD não discutirá com PS medidas avulsas LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou ontem o Governo de fazer regressar ao país a “má política” e avisou o PS de que não contará com os sociais-democratas para o que apelidou de “ópera-bufa”.

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou ontem o Governo de fazer regressar ao país a “má política” e avisou o PS de que não contará com os sociais-democratas para o que apelidou de “ópera-bufa”.

Passos Coelho comparou a atuação do Governo PS à ópera cómica e considerou a situação da Caixa Geral de Depósitos uma “consequência do regresso da política, só que da má política”.

O presidente do PSD falava num jantar, em Bragança, com dirigentes regionais do partido, em que prometeu ser “uma oposição responsável e patriótica” e avisou que não é com os sociais-democratas que “o PS pode governar”.

“Porque o PS não quis governar connosco, não quer governar connosco e todos os dias exalta e elogia os partidos de que depende no parlamento, apesar de saber que não pode contar com eles para daquilo que considera importante e relevante para futuro. Isto é uma hipocrisia completa, é uma ópera-bufa no país”, declarou.

Passos Coelho declarou que o PS tem “uma maioria no parlamento com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista Português para aprovar todas as medidas que são demagógicas, populares, simpáticas”.

“Depois, acha que a oposição tem de ser responsável, patriótica, para aprovar tudo o mais que se destina ou a compensar as consequências negativas do populismo e da demagogia ou a criar algumas condições de realismo político para futuro”, acrescentou.

É aqui que, segundo Passos Coelho, que “entra o tipo de oposição” que o PSD tem de ser: “Nós temos de ser uma oposição séria e responsável, mas não podemos ser parvos”, afirmou.

Segundo o dirigente social-democrata, os socialistas não querem a maioria parlamentar para governar, mas para, entre outros, “acabar com a exigência na educação” ou “pintar a manta com a [central sindical] CGTP”.

Passos Coelho lembrou a recente iniciativa parlamentar do PSD para retomar a reforma do Imposto sobre o Rendimento Coletivo (IRC), rejeitada por PS, PCP e Bloco de Esquerda.

Trata-se, no seu entender, se uma medida com capacidade para atrair mais investimento externo para Portugal.

“[Se] é o PSD que apresenta, chumba. Ninguém está sequer a discutir o mérito das propostas e dos projetos”, apontou.