Sintra cria equipa permanente de sapadores florestais para prevenir incêndios

A nova equipa vai desenvolver funções de defesa da floresta, com o apoio de novos equipamentos, num investimento que ronda os 200 mil euros.

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A equipa estará responsável pela prevenção dos incêndios na serra de Sintra RUI GAUDENCIO

A criação de uma equipa permanente de sapadores florestais, com o objectivo de reforçar o sistema de Protecção Civil no município de Sintra, foi formalizada esta terça-feira entre a autarquia e a sociedade Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML). "A equipa de sapadores florestais vai ser muito importante na vigilância e prevenção dos incêndios na serra de Sintra", salientou à agência Lusa o presidente socialista da autarquia, Basílio Horta.

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A criação de uma equipa permanente de sapadores florestais, com o objectivo de reforçar o sistema de Protecção Civil no município de Sintra, foi formalizada esta terça-feira entre a autarquia e a sociedade Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML). "A equipa de sapadores florestais vai ser muito importante na vigilância e prevenção dos incêndios na serra de Sintra", salientou à agência Lusa o presidente socialista da autarquia, Basílio Horta.

A equipa de sapadores florestais vai actuar na serra de Sintra, numa área de 4000 hectares, mas também no resto do território do concelho, incluindo a serra da Carregueira, sempre que for declarada "situação de alerta, contingência ou calamidade", de acordo com um protocolo hoje assinado entre a PSML e o município.

O autarca acrescentou que a contratação dos cinco sapadores e de uma engenheira florestal, bem como a aquisição de equipamentos, representa um investimento total que ronda "os 200.000 euros" do município e da PSML.
Segundo o protocolo subscrito pelos presidentes da autarquia e da PSML, o município assume os encargos financeiros relacionados com a contratação dos cinco sapadores, incluindo a formação inicial, bem como as despesas de combustível da viatura e de outros equipamentos da equipa.

A PSML compromete-se a adquirir uma viatura todo-o-terreno, uma estilhaçadora de resíduos verdes, equipamentos colectivos para silvicultura preventiva de incêndios, de comunicações e de protecção individual, segundo normas do Instituto Nacional de Conservação da Natureza. Os sapadores vão desenvolver funções de "gestão florestal e defesa da floresta", nomeadamente através de acções de silvicultura, gestão de combustíveis, acompanhamento de fogos controlados, realização de queimadas e "controlo e eliminação de agentes bióticos", lê-se no documento.

"No período crítico de incêndios e na época estival, a equipa de sapadores florestais está afecta a trabalhos de vigilância, estando no resto do ano dedicada a trabalhos de silvicultura e sensibilização ambiental", acrescenta-se no protocolo. A equipa de sapadores e a técnica vão integrar o gabinete técnico florestal do Serviço Municipal de Protecção Civil.

O presidente da autarquia assinou também protocolos de colaboração com as nove associações humanitárias de bombeiros voluntários do concelho, para atribuição em 2017 de um montante global de 1150 milhões de euros. As verbas destinam-se à ampliação e manutenção de instalações e infra-estruturas, gestão corrente, logística e administrativa, aquisição e reparação de veículos de prevenção, socorro, combate a incêndios e salvamento, equipamento operacional e de protecção individual e acções de informação e formação.

O executivo municipal aprovou também hoje, numa reunião privada, uma proposta para o financiamento dos Grupos de Intervenção Permanente (GIPE) existentes nas nove corporações de bombeiros, no montante total de 484.212 euros.
Estes grupos, com um total de 72 operacionais, possuem 17 elementos já financiados integralmente pelo município, mas Basílio Horta já fez saber à Secretaria de Estado da Administração Interna a "necessidade de contratar mais 30 homens para o concelho".