O passado, o presente e o futuro da electrónica à solta no Neopop

O cartaz do Neopop atravessa gerações. Desde veteranos como Carl Cox ou Richie Hawtin, no activo desde os anos 1980, até DJ mais novos, como Ben UFO ou Fatima Al Qadiri, nascidos na mesma década. Cabem todos em Viana do Castelo, de 4 a 6 de Agosto

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Alguns nomes proeminentes da história da música electrónica traçada a partir dos anos 80 vão passar pelo Neopop. Nomes como Carl Cox, Richie Hawtin e John Digweed, que deixaram uma marca nas gerações que se seguiram, e cuja influência continua a sentir-se. Apesar de partilharem uma história, cada um o fez à sua maneira, com as suas nuances.

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Alguns nomes proeminentes da história da música electrónica traçada a partir dos anos 80 vão passar pelo Neopop. Nomes como Carl Cox, Richie Hawtin e John Digweed, que deixaram uma marca nas gerações que se seguiram, e cuja influência continua a sentir-se. Apesar de partilharem uma história, cada um o fez à sua maneira, com as suas nuances.

Carl Cox (n. 1962) é um veterano das "raves" britânicas dos anos 80. Estava atento quando o house começou chegar à Europa, assistiu ao despontar do acid e do techno e acabou por deixar as suas impressões digitais em todos estes géneros. Passados 30 anos, continua a acreditar em cada segundo de música que passa, e a espalhar magia com três "decks" pelos principais festivais e salas do planeta, de Londres a Ibiza. Toca na sexta-feira, 5 de Agosto. Antes, a cabine pertencerá a John Digweed, outro titã britânico que se deu a conhecer nas mesmas "raves". Com quase 50 anos de vida e 30 de carreira, continua a ser considerado um dos melhores DJ do mundo, em boa parte por causa da sua destreza técnica e das memórias das suas colaborações com Sasha, outro inovador do house progressivo dos anos 90.

Richie Hawtin é ligeiramente mais novo, mas nem por isso menos importante. Nasceu na Inglaterra, em 1970, mas cresceu no Canadá e começou a passar música em Detroit, na segunda metade dos anos 1980 — na cidade certa na década certa, portanto. Fundou a sua primeira editora, a Plus 8, em 1989 e ajudou a expandir as geometrias do techno de Detroit, juntamente com nomes como os Underground Resistance. Anos mais tarde, esteve na vanguarda do tehcno minimal, que ajudou a definir com a sua editora berlinense, a sempre relevante M_nus. Regressa ao Neopop no sábado, 6 de Agosto.

O som de agora

Ben Thomson, mais conhecido como Ben UFO, ainda não tinha nascido quando Carl Cox começou a passar música. É um filho dos anos 80 que se estreou nas cabines há menos de dez anos, mas tem vindo a deixar a sua marca na actual cena electrónica. O mérito não é apenas dele, mas também dos restantes cabecilhas da editora Hessle Audio, fundada em 2007 com Pearson Sound e Pangaea. As suas origens estão no dubstep e no drum'n'bass, mas nos seus "sets" o UK garage e toda a bass music britânica encontram-se com techno/house e electrónica alienígena e difícil de definir. Actua dia 6 no Neostage, com curadoria da Red Bull Music Academy. Tal como Fatima Al Qadiri, outra representante da geração de 80 que se alimenta e se insere no contínuo da bass music britânica.

Mas há DJ ainda mais novos em cartaz. Como Alfredo Mazzilli, nascido nos anos 90. O jovem produtor italiano actua sexta-feira, 5 de Agosto, no Antistage, tal como o compatriota, mais velho, Donato Dozzi, uma influência óbvia do seu techno ambiental. E dignos representantes da geração de 90 portuguesa como Terzi (quinta-feira, 4 de Agosto), um dos cabecilhas da Extended Records; ou Lewis Fautzi (sábado, 6 de Agosto), produtor barcelense de techno expansivo que gere a editora Faut Section e edita através da britânica Soma.