Exame de Matemática A foi mais difícil ou equivalente ao da 1.ª fase?
Professores dividem-se na apreciação do exame da 2.ª fase realizado nesta sexta-feira.
A Associação de Professores de Matemática (APM) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) voltam a divergir na opinião sobre os exames da disciplina propostos aos alunos. A APM considera que a prova de Matemática A da 2.ª fase, realizada nesta sexta-feira, “foi mais difícil” do que a da 1.ª, enquanto a SPM sustenta que “o nível de dificuldade global é análogo ao da primeira fase”.
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A Associação de Professores de Matemática (APM) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) voltam a divergir na opinião sobre os exames da disciplina propostos aos alunos. A APM considera que a prova de Matemática A da 2.ª fase, realizada nesta sexta-feira, “foi mais difícil” do que a da 1.ª, enquanto a SPM sustenta que “o nível de dificuldade global é análogo ao da primeira fase”.
“Não é uma boa notícia para os alunos que fizeram o exame da 2.ª fase”, comenta Jaime Carvalho e Silva, dirigente da APM, lembrando a propósito que a maioria dos estudantes que aproveitam esta última oportunidade “são fracos”, o que torna ainda “menos simpática” a opção de fazer um exame mais difícil. A 2.ª fase destina-se aos alunos que chumbaram em Junho ou àqueles que pretendam subir a nota.
“O exame está em conformidade com o programa, mas as questões de escolha múltipla são mais difíceis do que na primeira fase e há dois tens (3.3 e 5.2) com algumas subtilezas menos evidentes que podem ter confundido alguns alunos”, acrescenta Jaime Carvalho e Silva, frisando que, por norma, as provas das duas fases devem ser equivalentes, o que não sucedeu.
Opinião contrária tem a SPM, para quem este requisito foi cumprido. Para além disso, a SPM considera que o exame foi “equilibrado, bem estruturado, com questões de diversos níveis de dificuldade”.
Na 1.ª fase, realizada em Junho, a média dos alunos internos, que são os que frequentam as aulas até ao final do ano lectivo, desceu dos 12 valores obtidos em 2015 para 11,2, facto que a APM atribuiu, sobretudo, à extensão da prova, cuja resolução implicava o preenchimento de 15 páginas, segundo adiantou então a associação. Já os alunos autopropostos, que são também os com maior representação na 2.ª fase, não foram além de 5,9 de média numa escala de 0 a 20 valores. A percentagem de chumbos neste grupo foi de 76%. Nos alunos internos ficou-se pelos 15%, mesmo assim a mais alta das 22 disciplinas sujeitas a exame.
O exame da Matemática A, do 12.º ano, é uma das quatro provas mais concorridas do ensino secundário. Na 1.ª fase foi realizado por cerca de 47 mil alunos. Na 2.ª foi feito por 21.391.
Nesta sexta-feira, último dia da 2.ª fase, realizaram-se também os exames de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (2521 alunos), Matemática B, destinada aos alunos de Artes Visuais, que foi realizada por 771, Literatura Portuguesa (484) e História B (239). Os resultados da 2.ª fase serão conhecidos a 5 de Agosto.
Os resultados dos exames desta fase serão divulgados no dia 5 de Agosto. A partir dessa data, os alunos que pretendam uma reapreciação das provas têm dois dias úteis para solicitar a sua consulta. Os resultados da reapreciação serão conhecidos a 26 de Agosto. Em 2015, foram reapreciadas 7366 provas e em cerca de cinco mil este processo resultou numa subida da nota.
Os exames da 2.ª fase só podem ser utilizados como provas de ingresso no ensino superior também na 2.ª fase do concurso nacional de acesso, que decorrerá entre 12 a 23 de Setembro próximo. Apesar de habitualmente ainda existirem milhares de vagas nesta etapa, os lugares dos cursos mais concorridos costumam já estar preenchidos na íntegra.