João Fazenda ganha Prémio Nacional de Ilustração

O ilustrador foi distinguido pelo livro Dança, de 2015, na vigésima edição do prémio.

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O livro Dança, da autoria do ilustrador João Fazenda, venceu o Prémio Nacional de Ilustração 2015, anunciou esta terça-feira a Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB). Editada pela Pato Lógico em 2015, a obra conta, apenas em imagens, a história de um homem que se torna a sombra cinzenta de si mesmo quando a sua rotina é dominada pelo trabalho. Preso à rigidez do seu fato e gravata não consegue libertar-se e gozar de um momento de pausa para dar um passo de dança com a mulher.

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O livro Dança, da autoria do ilustrador João Fazenda, venceu o Prémio Nacional de Ilustração 2015, anunciou esta terça-feira a Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB). Editada pela Pato Lógico em 2015, a obra conta, apenas em imagens, a história de um homem que se torna a sombra cinzenta de si mesmo quando a sua rotina é dominada pelo trabalho. Preso à rigidez do seu fato e gravata não consegue libertar-se e gozar de um momento de pausa para dar um passo de dança com a mulher.

Foi o “uso expressivo da cor” que percorre esta “narrativa original” que levou o júri a atribuir o prémio a João Fazenda. Na acta, Susana Lopes Silva, Manuel San-Payo e Ana Castro referem que “o movimento das figuras coloca o leitor entre a tensão e a descontracção dos dois universos apresentados, o dele e o dela”.

Na vigésima edição do Prémio, o júri entregou menções especiais ao livro Verdade, de Bernardo Carvalho (Pato Lógico) e à ilustração Gato procura-se, feita por Yara Kono para um texto de Ana Saldanha (Editorial Caminho). Além disso, foram destacados três outros livros (sem prémio monetário) pela qualidade da ilustração: Eu quero a minha cabeça, de António Jorge Gonçalves; A casa do Senhor Malaparte, de Joana Couceiro e ilustrado por Mariana Rio e Montanhas, de Madalena Matoso.

João Fazenda nasceu em Lisboa, em 1979, e começou por publicar banda-desenhada em fanzines. O autor tem já um vasto portefólio relacionado com a ilustração para a infância, embora os seus desenhos estejam na imprensa, na banda desenhada, na animação e na criação de capas, de discos e livros. A premiada BD Tu és a mulher da minha vida, ela a mulher dos meus sonhos, de 2000, foi desenhada por si em co-autoria com Pedro Brito.

O ilustrador já recebeu vários prémios nacionais e internacionais, como o Grande Prémio Stuart de Desenho de Imprensa (2007) e o prémio de excelência pela Society of News Design, dos Estados Unidos. Em 2009 saiu Combo, uma antologia da obra do autor, organizada por João Paulo Cotrim.

O Prémio Nacional de Ilustração tem o valor de cinco mil euros, aos quais se acrescentam 1500 euros para pagar a deslocação à Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, em Itália. Este valor é também atribuído aos ilustradores premiados com menções especiais. O prémio, que mostra a cada ano o que de melhor se faz na ilustração de livros para a infância e juventude publicados em Portugal, foi atribuído pela primeira vez em 1996, a Manuela Bacelar, pela ilustração de A sereiazinha, de Hans Christian Andersen.

Desde então, o Prémio Nacional de Ilustração permite acompanhar a evolução da qualidade da ilustração em Portugal, seja do ponto de vista criativo ou das técnicas usadas nos desenhos. O prémio já distinguiu, entre outros, Cristina Valadas (2007), Madalena Matoso (2008), Maria João Worm (2011) e Afonso Cruz (2014). Foi atribuído duas vezes a Teresa Lima: em 1998 com Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, e em 2006 com Histórias de animais, de Rudyard Kliping.