Marcos Perestrello defende descentralização de competências

Líder da FAUL defende que há pluralidade do partido e que PS foi sempre um partido aberto à crítica.

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Marcos Perestrello quer manter-se à frente da federação lisboeta enquanto Pedro Nuno Santos está disponível para o quarto mandato em Aveiro. Daniel Rocha/Arquivo

O presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), Marcos Perestrello, foi ao 21.º Congresso do PS defender a descentralização e competências da Administração Central para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e questionar “até onde” o poder central está disposto a ir no reforço das competências para duas áreas metropolitanas.

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O presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), Marcos Perestrello, foi ao 21.º Congresso do PS defender a descentralização e competências da Administração Central para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e questionar “até onde” o poder central está disposto a ir no reforço das competências para duas áreas metropolitanas.

Na abertura da reunião magna dos socialistas, que decorre no pavilhão da Feira Internacional de Lisboa (FIL), Marcos Perestrello referiu que em matéria de descentralização o Governo vai ter de “derrubar as suas muralhas e as suas resistências”, porque, entende, que só faz sentido descentralizar se houver um reforço a nível de competências.

Numa intervenção, onde enalteceu os valores e a matriz ideológica do partido e afastou existir “medo” no PS, o líder da FAUL destacou a pluralidade do partido e referiu que o “PS foi sempre um partido que praticou a democracia interna. Para o PS, o debate foi sempre uma alegria e não uma agonia, porque as diferenças foram sempre enriquecedoras”.

Reiterando que o “PS foi sempre espaço plural de debate”, o dirigente nacional deixou um recado a António Galamba, que esta semana veio dizer que há “medo no PS”. “No PS não há medo hoje, nem houve ontem e até é insultuoso que alguém possa pensar isso. Para nós, é impensável apontar a porta seja a quem for. O PS é um partido aberto à crítica”.

Declarando ainda que “o PS representa os grandes ideais do 25 de Abril, o líder da federação socialista de Lisboa mencionou o espírito reformista do partido e que “o PS é um partido para quem o poder não é o fim, mas um meio”. Depois da descentralização, aludiu ao desafio que o partido vai ter de enfrentar em 2017 e, a este propósito, disse que o objectivo da FAUL é vencer em todos os municípios a que se candidata. “Em todas as autarquias concorreremos para vencer”, disse.

Também o presidente da concelhia do PS de Lisboa, Duarte Cordeiro, foi ao congresso dizer que “o PS está mais forte porque foi ao encontro da sua base tradicional de apoio” e, tal como Marcos Perestrello, também defendeu a descentralização de competências da Administração Central para as áreas metropolitanas.

Antes das destas intervenções, o congresso reelegeu Carlos César como presidente do partido e líder parlamentar socialista, obtendo 914 votos num universo eleitoral de 943 delegados com direito a voto