PS em silêncio sobre declarações polémicas de João Soares

O ministro da Cultura não compareceu ao lançamento do livro de Manuel Alegre, onde era esperado, frustrando, assim, as expectativas de que pudesse dar mais explicações sobre as ameaças lançadas na sua página do Facebook a dois colunistas do PÚBLICO. O silêncio impera também no PS e no Governo

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O silêncio do PS e do Governo continuou ao final da tarde desta quinta-feira quanto ao caso das "bofetadas" de João Soares. Nem o presidente socialista da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, nem o deputado Alberto Martins quiseram falar ao PÚBLICO sobre as declarações do ministro da Cultura sobre dois colunistas deste jornal a quem prometia "bofetadas salutares". E João Soares acabou por não comparecer no lançamento do livro Uma Outra Memória  A escrita, Portugal e os camaradas dos sonhos, de Manuel Alegre (ed. Dom Quixote), onde era esperado, e que decorreu na Bilbioteca Nacional de Lisboa com apresentação de José Manuel dos Santos. 

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O silêncio do PS e do Governo continuou ao final da tarde desta quinta-feira quanto ao caso das "bofetadas" de João Soares. Nem o presidente socialista da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, nem o deputado Alberto Martins quiseram falar ao PÚBLICO sobre as declarações do ministro da Cultura sobre dois colunistas deste jornal a quem prometia "bofetadas salutares". E João Soares acabou por não comparecer no lançamento do livro Uma Outra Memória  A escrita, Portugal e os camaradas dos sonhos, de Manuel Alegre (ed. Dom Quixote), onde era esperado, e que decorreu na Bilbioteca Nacional de Lisboa com apresentação de José Manuel dos Santos. 

Já a deputada independente do PS, Helena Roseta, não hesitou em comentar ao PÚBLICO: "Foi uma falta de educação e não é da responsabilidade dos pais, sendo filho de Maria de Jesus não pode falar assim."

Na cerimónia, no Auditório da Biblioteca Nacional, estiveram presentes o escritor e poeta Nuno Júdice, o editor Zeferino Coelho, a escritora Maria Teresa Horta, o deputado do PS Alberto Martins, o advogado Proença de Carvalho, o jornalista José Carlos Vasconcelos, a ex-presidente do PS Maria de Belém e o histórico líder do PCTP-MRPP Arnaldo Matos. Também Carlos Tavares, presidente da CMVM, e o gestor Rui Vilar, administrador não-executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, compareceram. 

Horácio César, adjunto do ministro da Cultura, presente no lançamento, explicou ao PÚBLICO no início da sessão que João Soares poderia ainda comparecer, respondendo a um convite pessoal. “Se tiver tempo, vem. Se não tiver tempo, não vem." Horácio César explicou que o ministro se encontrava em trabalho fora do ministério em encontros marcados para o princípio da tarde, mas que acabaram por ser atrasados devido ao prolongamento da reunião do Conselho de Ministros. 

João Soares prometia esta manhã na sua página do Facebook estar presente no lançamento do livro de Alegre. 

Esta quinta-feira foi marcada pelo caso gerado em torno das polémicas declarações do ministro na sua conta de Facebook, nas quais reagia a uma crónica de Augusto M. Seabra e se referia ainda a Vasco Pulido Valente. "Em 1999 prometi-lhe publicamente um par de bofetadas. Foi uma promessa que ainda não pude cumprir. Não me cuzei com a personagem, Augusto M. Seabra, ao longo de todos estes anos. Mas continuo a esperar ter essa sorte", publicou, rematando: "Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente, para as salutares bofetadas". O caso mereceu críticas dos partidos da direita e do Bloco de Esquerda, permanecendo o PCP e o PS em silêncio até agora.