Turquia e Síria numa vertigem de confronto

Com a mesma determinação com que a Rússia se envolveu em bombardeamentos na Síria em apoio do regime de Assad, contra milícias terroristas mas também contra rebeldes apoiados pelo Ocidente, empenha-se a Turquia noutra batalha: neutralizar e derrotar os grupos curdos sírios que progridem junto às suas fronteiras, combatendo por sua vez milícias extremistas mas amedrontando, nessa progressão, o regime de Ancara com o fantasma de um Curdistão no horizonte. A pretexto de tal ameaça, o regime turco já pôr em marcha os planos de uma intervenção terrestre, o que, a concretizar-se, poderá configurar um estado de guerra entre a Turquia e a Síria. E se na guerra antiga os combates continuam a multiplicar vítimas inocentes (os ataques a hospitais são crimes intoleráveis), o que de novo surge só consegue acirrar o conflito. Calar as armas devia ser o objectivo central; mas é no sentido contrário que se caminha.

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Com a mesma determinação com que a Rússia se envolveu em bombardeamentos na Síria em apoio do regime de Assad, contra milícias terroristas mas também contra rebeldes apoiados pelo Ocidente, empenha-se a Turquia noutra batalha: neutralizar e derrotar os grupos curdos sírios que progridem junto às suas fronteiras, combatendo por sua vez milícias extremistas mas amedrontando, nessa progressão, o regime de Ancara com o fantasma de um Curdistão no horizonte. A pretexto de tal ameaça, o regime turco já pôr em marcha os planos de uma intervenção terrestre, o que, a concretizar-se, poderá configurar um estado de guerra entre a Turquia e a Síria. E se na guerra antiga os combates continuam a multiplicar vítimas inocentes (os ataques a hospitais são crimes intoleráveis), o que de novo surge só consegue acirrar o conflito. Calar as armas devia ser o objectivo central; mas é no sentido contrário que se caminha.