E depois da bebedeira

Uma nova e amável comédia de enganos de um realizador ainda pouco visto entre nós.

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Tanto mais sentido faz quanto mais filmes de Hong Sangsoo se conhecer

O coreano Hong Sangsoo é talvez o mais prolífero dos realizadores contemporâneos – 16 filmes em 18 anos, ainda um acaba de estrear já o seguinte está em rodagem – e o espectador português parte em desvantagem para apreciar o seu cinema económico e caseirinho. É uma obra que tanto mais sentido faz quanto mais filmes se conhecerem, devido às referências, variações e recorrências comuns entre os vários títulos. Ora, mesmo sendo um bom “cartão de visita” para quem não conhece Hong, Sítio Certo, História Errada é apenas o seu terceiro filme estreado entre nós (mesmo em festivais a sua presença não tem sido regular), o que quer dizer que parte da graça se esbate. É mais uma comédia de enganos doce-amarga em tom de variação narrativa Resnaisiana, um jogo de sedução entre um realizador maçado e uma pintora sincera, que “desvia” para duas direcções diferentes consoante a bebedeira dele dê para a mentira ou para a verdade. E confirma Hong como um cineasta para quem o que interessa verdadeiramente são os pequenos momentos a que mais ninguém presta atenção e que acabam por fazer a diferença na nossa vida.

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O coreano Hong Sangsoo é talvez o mais prolífero dos realizadores contemporâneos – 16 filmes em 18 anos, ainda um acaba de estrear já o seguinte está em rodagem – e o espectador português parte em desvantagem para apreciar o seu cinema económico e caseirinho. É uma obra que tanto mais sentido faz quanto mais filmes se conhecerem, devido às referências, variações e recorrências comuns entre os vários títulos. Ora, mesmo sendo um bom “cartão de visita” para quem não conhece Hong, Sítio Certo, História Errada é apenas o seu terceiro filme estreado entre nós (mesmo em festivais a sua presença não tem sido regular), o que quer dizer que parte da graça se esbate. É mais uma comédia de enganos doce-amarga em tom de variação narrativa Resnaisiana, um jogo de sedução entre um realizador maçado e uma pintora sincera, que “desvia” para duas direcções diferentes consoante a bebedeira dele dê para a mentira ou para a verdade. E confirma Hong como um cineasta para quem o que interessa verdadeiramente são os pequenos momentos a que mais ninguém presta atenção e que acabam por fazer a diferença na nossa vida.