A pobreza persistente

Os indicadores do INE sobre o risco de pobreza e as condições de vida mostram que a regressão registada em 2012 e 2013 parece ter sido travada nos dois últimos anos. Uma ligeira reanimação da economia e a paragem dos sucessivos cortes sociais e das pensões podem ser a principal explicação. Uma explicação que serve para apaziguar os piores receios sobre a condição de vida das classes sociais e etárias mais frágeis, mas que justifica ao mesmo tempo uma apreensão sombria para o futuro próximo. Porque não se vislumbrando um ritmo de crescimento capaz de debelar o alto índice de desemprego e de aumentar os salários reais, nem sendo crível que a crise das finanças públicas venha a tolerar um reforço das políticas de rendimento, o cenário que se vislumbra continua a justificar todos os receios e toda a prioridade. Um país no qual 20% das pessoas subsistem com 400 euros por mês não é um país que recomende nem a renúncia nem o conformismo.

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Os indicadores do INE sobre o risco de pobreza e as condições de vida mostram que a regressão registada em 2012 e 2013 parece ter sido travada nos dois últimos anos. Uma ligeira reanimação da economia e a paragem dos sucessivos cortes sociais e das pensões podem ser a principal explicação. Uma explicação que serve para apaziguar os piores receios sobre a condição de vida das classes sociais e etárias mais frágeis, mas que justifica ao mesmo tempo uma apreensão sombria para o futuro próximo. Porque não se vislumbrando um ritmo de crescimento capaz de debelar o alto índice de desemprego e de aumentar os salários reais, nem sendo crível que a crise das finanças públicas venha a tolerar um reforço das políticas de rendimento, o cenário que se vislumbra continua a justificar todos os receios e toda a prioridade. Um país no qual 20% das pessoas subsistem com 400 euros por mês não é um país que recomende nem a renúncia nem o conformismo.