O gueto angolano

O regime angolano entrou numa espécie de “guetização” que se traduz na obstinada atitude de se manter absolutamente cego, surdo e mudo a todos os que não partilham a sua concepção do mundo. Apesar das lições da História, os dirigentes políticos nunca aprendem que o isolamento e a repressão a que sujeitam os seus povos pode atrasar, mas não consegue travar para sempre a força das ideias nem a sua aliada mais preciosa: a liberdade. Daí o anacronismo de perseguirem e prenderem pessoas por simples delito de opinião ou de este mesmo motivo servir de justificação (não assumida) para barrar a entrada de alguém em Angola. Foi o que aconteceu agora à realizadora Inês Oliveira, que, depois de convidada pelo próprio Estado angolano para participar no Festival Internacional de Cinema de Luanda, passou à situação de desconvidada após ter manifestado publicamente a sua preocupação sobre o estado de Luaty Beirão. Palavras para quê?

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O regime angolano entrou numa espécie de “guetização” que se traduz na obstinada atitude de se manter absolutamente cego, surdo e mudo a todos os que não partilham a sua concepção do mundo. Apesar das lições da História, os dirigentes políticos nunca aprendem que o isolamento e a repressão a que sujeitam os seus povos pode atrasar, mas não consegue travar para sempre a força das ideias nem a sua aliada mais preciosa: a liberdade. Daí o anacronismo de perseguirem e prenderem pessoas por simples delito de opinião ou de este mesmo motivo servir de justificação (não assumida) para barrar a entrada de alguém em Angola. Foi o que aconteceu agora à realizadora Inês Oliveira, que, depois de convidada pelo próprio Estado angolano para participar no Festival Internacional de Cinema de Luanda, passou à situação de desconvidada após ter manifestado publicamente a sua preocupação sobre o estado de Luaty Beirão. Palavras para quê?