Depois da gramática, venha a “solucionática”

Nas orações (gramaticais) da campanha, todos exibiram, melhor ou pior, os predicados. Agora é tempo dos sujeitos, com ou sem nome predicativo. Acabaram os atributos ou acessórios e os apostos ou continuados. A questão fundamental passou a ser a do complemento, directo ou indirecto, necessário para governar. Com uma regra de sintaxe política: o ónus não é só para quem é governo, em minoria. Também é para quem o derrubar, em maioria negativa.

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Nas orações (gramaticais) da campanha, todos exibiram, melhor ou pior, os predicados. Agora é tempo dos sujeitos, com ou sem nome predicativo. Acabaram os atributos ou acessórios e os apostos ou continuados. A questão fundamental passou a ser a do complemento, directo ou indirecto, necessário para governar. Com uma regra de sintaxe política: o ónus não é só para quem é governo, em minoria. Também é para quem o derrubar, em maioria negativa.

Acabados os empates técnicos (um tecnocrático modo de manter a chama acesa), espero que o país não se veja confrontado com empatas políticos. Entre a direita e a esquerda, ninguém garante um ponto final parágrafo para quatro anos. Os problemas pedem um sintagma estável, ainda que, provavelmente, entre pontos e vírgulas. O PS, preso por cedilhas, presumo que vai andar à volta dos seus parêntesis internos. Os partidos da coligação sabem que só podem governar com hífenes. O problema é que, entre vogais, ninguém quer ser consoante. Daí a necessidade de ditongos, com til ou sem ele.

Lembro-me de uma frase de Dadá Maravilha, um dos melhores futebolistas brasileiros: “Não venham com a problemática, que eu dou a solucionática.” Ora aí está.