Morreu Phil Woods, o “novo Bird” que gravou com Billy Joel e Paul Simon

Saxofonista começou a carreira com Quincy Jones, e o seu “som limpo e luminoso” levou a que o considerassem um "novo Charlie Parker".

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Phil Woods durante um concerto em França, em 1998 AFP PHOTO/ ALAIN FULCONIS

Phil Woods, protegido de Quincy Jones, considerado “o novo Bird” em início de carreira, músico que ouvimos em álbuns de Billy Joel ou Paul Simon, morreu no dia 29 de Setembro em East Stroudsburg, Pensilvânia, anunciou o seu agente Joel Chriss. Tinha 83 anos.

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Phil Woods, protegido de Quincy Jones, considerado “o novo Bird” em início de carreira, músico que ouvimos em álbuns de Billy Joel ou Paul Simon, morreu no dia 29 de Setembro em East Stroudsburg, Pensilvânia, anunciou o seu agente Joel Chriss. Tinha 83 anos.

Respeitadíssimo pelos seus pares no circuito jazz, vira a sua carreira ganhar impulso decisivo em 1956, quando Quincy Jones o convoca para se juntar em digressão ao trompetista Dizzy Gillespie. Tendo como ídolo Charlie Parker, seguidor do bebop que este ajudara a definir, Phil Woods era dono de um “som limpo e luminoso” e de uma “técnica notável”, adjectiva em obituário o New York Times.

A inclusão na banda de Gillespie, na função outrora ocupada por Charlie Parker, valeu-lhe ser chamado “novo Bird” (Bird era a alcunha de Parker). Curiosamente, Phil Woods viria mesmo a casar em 1957 com a viúva daquele, Chan Parker.

Insatisfeito com o trabalho pouco estimulante que lhe era oferecido nos Estados Unidos, mudar-se-ia em 1968 para França, país onde fundaria os European Rhythm Machine. Regressaria ao país natal quatro anos depois e, a partir de 1974, encontramo-lo a liderar uma banda com o baixista Steve Gilmore e o baterista Bill Goodwin.

Fora do universo do jazz, deixou marca ao lado de Paul Simon (é dele o solo de Have a good time, canção do álbum Still Crazy After All These Years, editado em 1975), Billy Joel (ouvimo-lo em Just the way you are, de 1977) ou Steely Dan (surge em Doctor Wu, de 1975).

Ao longo da sua carreira, foi nomeado para sete Grammys, sendo distinguido com quatro. O primeiro de todos surgiu em 1975 e foi atribuído ao álbum orquestral Images, gravado com o compositor Michel Legrand.