EUA vão receber mais 15.000 refugiados no próximo ano

Casa Branca responde aos apelos internacionais e alarga quota para entrada de pessoas em fuga de guerras e perseguições em todo o mundo.

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Kerry encontru-se com refugiados sírios na Alemanha EVAN VUCCI/AFP

Kerry sublinhou que o aumento de 70.000 para 85.000, e depois para 100.000, não prevê apenas a concessão de asilo a refugiados sírios. As pessoas em causa serão designadas pelas Nações Unidas e os seus processos serão depois avaliados pelo Departamento de Segurança Nacional norte-americano.

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Kerry sublinhou que o aumento de 70.000 para 85.000, e depois para 100.000, não prevê apenas a concessão de asilo a refugiados sírios. As pessoas em causa serão designadas pelas Nações Unidas e os seus processos serão depois avaliados pelo Departamento de Segurança Nacional norte-americano.

O anúncio foi feito por John Kerry durante uma visita a Berlim, em resposta aos crescentes apelos internacionais para que os EUA reforcem o seu papel no alívio da crise de refugiados na Europa, onde chegaram cerca de 500.000 pessoas desde o início do ano, a maioria em fuga de guerras e perseguições em países como a Síria, o Iraque ou o Afeganistão.

Também este domingo, Hillary Clinton, antecessora de John Kerry na Secretaria de Estado e candidata à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, disse o que país tem de fazer mais neste capítulo – o Presidente Barack Obama anunciou que serão recebidos 10.000 refugiados sírios, mas Clinton acredita que seria possível receber 65.000.

"Estamos a enfrentar a mais grave crise de refugiados desde o fim da II Guerra Mundial, e acho que os Estados Unidos têm de fazer mais", disse Clinton no programa da CBS "Face the Nation". "Gostava que passássemos de dez mil, que é um bom começo, para 65.000, e que começássemos imediatamente a seleccionar as pessoas que iríamos receber."