Descoberta na Rússia uma partitura antiga de Stravinsky

Canto Fúnebre composto em 1908 julgava-se perdido.

Foto
DR

Hoje considerado como um dos mais importantes compositores do século XX, Stravinsky trouxe a novidade a tudo o que fazia. E a partitura agora redescoberta leva-nos ao percurso inicial do russo, muito pouco tempo antes de O Pássaro de Fogo, hoje uma das mais célebres criações de Stravinsky a par de Petrushka e A Sagração da Primavera. Stravinsky não tinha ainda 30 anos e ganhava fama internacional. Continuou a compor até finais dos anos 1960 mas estas três obras bastaram para que fizesse história.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Hoje considerado como um dos mais importantes compositores do século XX, Stravinsky trouxe a novidade a tudo o que fazia. E a partitura agora redescoberta leva-nos ao percurso inicial do russo, muito pouco tempo antes de O Pássaro de Fogo, hoje uma das mais célebres criações de Stravinsky a par de Petrushka e A Sagração da Primavera. Stravinsky não tinha ainda 30 anos e ganhava fama internacional. Continuou a compor até finais dos anos 1960 mas estas três obras bastaram para que fizesse história.

A descoberta deste Canto Fúnebre já aconteceu, na verdade, no Outono passado mas só agora foi tornada pública, depois de ter sido contada toda a sua história no simpósio da Sociedade Internacional de Musicologia que aconteceu precisamente em São Petersburgo, onde se debateu a necessidade e importância de se estudarem os manuscritos existentes para melhor se conhecerem os seus compositores.

Depois de várias tentativas de se encontrar esta partitura de 12 minutos, Canto Fúnebre acabou por aparecer quase por acaso. A partir do momento em que se aceitou que a peça poderia já não existir não se voltou mais a procurar, até o Conservatório de São Petersburgo ter precisado de umas obras de remodelação que obrigou a olhar novamente para as centenas de manuscritos musicais ali armazenados, sem qualquer catalogação.

Foi a musicóloga Natalia Braginskaya, especialista em Stravinsky, bastante reconhecida na Rússia, que fez a descoberta. Ao apresentar a obra, cujos registos existentes até agora eram as críticas de quando em 1909 foi interpretada, Braginskaya tocou algumas partes no piano.