A viúva que casou duas vezes

A Face do Amor acaba por nunca cumprir as promessas que sugere, mas tem uma Annette Bening em estado de graça e um realizador que sabe deixá-la à solta.

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É verdade que a segunda realização de Arie Posin depois do interessante Os Amigos de Dean (2005) não tem muito mais para dar: a ideia é interessante mesmo que derivativa (uma viúva cruza-se por acaso com um homem que é o sósia perfeito do falecido marido e decide apaixonar-se por ele), com intimações de Vertigo, mas é completamente desbaratada no que se resume a um confortável e suave romance sénior. Mas há Annette Bening, sempre radiosa, sempre a entregar-se a cem por cento, justíssima e vulnerável na sua viúva que se deixa levar pela ideia de moldar um novo amor; e o modo como Posin deixa os actores à vontade para enriquecerem o filme é algo de tão raro hoje em dia que acaba por pôr A Face do Amor à frente da maioria das estreias absurdas que são despejadas nas salas sem rei nem roque.

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É verdade que a segunda realização de Arie Posin depois do interessante Os Amigos de Dean (2005) não tem muito mais para dar: a ideia é interessante mesmo que derivativa (uma viúva cruza-se por acaso com um homem que é o sósia perfeito do falecido marido e decide apaixonar-se por ele), com intimações de Vertigo, mas é completamente desbaratada no que se resume a um confortável e suave romance sénior. Mas há Annette Bening, sempre radiosa, sempre a entregar-se a cem por cento, justíssima e vulnerável na sua viúva que se deixa levar pela ideia de moldar um novo amor; e o modo como Posin deixa os actores à vontade para enriquecerem o filme é algo de tão raro hoje em dia que acaba por pôr A Face do Amor à frente da maioria das estreias absurdas que são despejadas nas salas sem rei nem roque.

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